Coronavírus: surto já deixou 170 mortos na China (Denis Balibouse/Reuters)
AFP
Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 16h03.
Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 16h04.
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse nesta quinta-feira (30) que o novo coronavírus, que já deixou 170 mortos na China e deflagrou temores mundiais, pode criar empregos em seu país.
Ross comentou que o vírus é "muito infeliz", mas também é um "fator de risco" a ser considerado pelas empresas para operarem, ou não, na China.
Até agora, 15 países foram afetados pelo novo vírus.
"Não quero falar de fazer uma volta da vitória em relação a uma doença muito infeliz e maligna, mas o fato é que dá aos negócios outro aspecto a levar em consideração", disse ele ao canal de notícias Fox Business.
"Então, acredito que ajudará a acelerar o retorno de empregos para a América do Norte, alguns para os Estados Unidos e, provavelmente, para o México também", afirmou.
Imediatamente, seus comentários foram criticados nas redes sociais por especialistas em saúde.
"Não há provas científicas, ou históricas, que apoiem o que está dizendo", apontou Georges Benjamin, da American Public Health Association, ao jornal "The Washington Post".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve se reunir nesta quinta-feira (30) para decidir se declara uma emergência global pela doença. Muitos governos pediram a seus cidadãos que não visitem a China, enquanto outros proibiram a entrada de viajantes procedentes de Wuhan, epicentro da epidemia.
Hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que acompanha a situação do coronavírus "em tempo real" e garantiu que o impacto na economia mundial dependerá da duração da epidemia.