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Copom dá início à reunião de Análise de Mercado

Reunião tem mais uma rodada de discussões amanhã antes de decidir sobre o novo patamar da Selic

Copom: se este corte da Selic for confirmado, esta será a décima vez consecutiva em que o Banco Central reduz a taxa básica (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 10h55.

Última atualização em 5 de dezembro de 2017 às 11h04.

Brasília - Começou às 9h04 a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária ( Copom ). Na tarde desta terça-feira, 5, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom.

Na quarta, 6, eles têm mais uma rodada de discussões antes de decidir sobre o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 7,50% ao ano.

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De um total de 67 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperam corte de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 7,00% ao ano.

Se este corte da Selic for confirmado, esta será a décima vez consecutiva em que o Banco Central reduz a taxa básica, após intervalo de quatro anos. Este patamar de 7,00% ao ano é o menor desde que a Selic foi criada, em 1996.

A decisão de quarta do Copom levará em conta os dados mais recentes de atividade e inflação. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre subiu 0,1% ante os três meses anteriores.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 15 (IPCA-15) de novembro avançou 0,32%, acumulando alta de 2,58% no ano.

Em sua decisão sobre a Selic, o colegiado vai considerar ainda, como o BC informou em suas comunicações mais recentes, as estimativas sobre a extensão do ciclo monetário atual e os riscos para o cenário básico - entre eles, o andamento das reformas fiscais no Congresso.

No encontro anterior do Copom, em outubro, o colegiado aplicou um corte de 0,75 ponto porcentual na Selic, para 7,50% ao ano, e sinalizou a intenção de reduzir o ritmo no encontro desta semana, em função do estágio do ciclo.

Esta mensagem foi reforçada pelo próprio presidente do BC, Ilan Goldfajn, em discursos e entrevistas concedidas desde então.

No Relatório de Mercado Focus, divulgado na segunda-feira, 4, os economistas do mercado financeiro projetaram um IPCA - o índice oficial de inflação - de 3,03% em 2017, pouco acima do piso da meta perseguida pelo BC, de 3%.

Para 2018, o porcentual calculado é de 4,02%, também dentro da meta. Já a expectativa para a Selic é de taxa de 7,00% no fim de 2017 e no fim de 2018.

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