Economia

Cooperativas poderão ter fundo garantidor de crédito

A ideia, discutida com o governo, é estabelecer um padrão e criar um fundo único


	Dilma Rousseff em Cooperativa em Alagoas: o fundo das cooperativas deve oferecer garantia até R$ 70 mil de depósitos por CPF ou CNPJ, em caso de liquidação
 (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Dilma Rousseff em Cooperativa em Alagoas: o fundo das cooperativas deve oferecer garantia até R$ 70 mil de depósitos por CPF ou CNPJ, em caso de liquidação (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 09h23.

Brasília - A Organização das Cooperativas Brasileiras espera que o Conselho Monetário Nacional autorize neste mês a criação de um fundo garantidor de crédito. De acordo com o gerente do Ramo Crédito da OCB, Silvio Giusti, atualmente o setor conta com cerca de 1,2 mil cooperativas. Desse total, aproximadamente 550 já têm fundos garantidores. A ideia, discutida com o governo, é estabelecer um padrão e criar um fundo único.

“A criação do fundo vai permitir que o cooperativismo tenha mais poder de competitividade”, disse Giusti. O setor bancário tem o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) desde 1995. O FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos depositantes e investidores em caso de intervenção ou liquidação de instituições financeiras. A garantia do FGC não abrange depósitos feitos em cooperativas.

Segundo Giusti, o fundo das cooperativas, assim como o FGC, deve oferecer garantia até R$ 70 mil de depósitos por CPF (pessoa física) ou CNPJ (empresas), em caso de liquidação.

No futuro, acredita o gerente, o fundo das cooperativas também poderá funcionar como sistema de apoio financeiro para as entidades do setor com problemas de liquidez (recursos disponíveis).

De acordo com dados do Banco Central, os depósitos em cooperativas cresceram 21,2%, ao passar de R$ 38 bilhões, em dezembro de 2011, para R$ 46 bilhões, em junho deste ano. O patrimônio apresentou expansão de 10,6%, ao chegar a R$ 17,6 bilhões, e os empréstimos cresceram 9,9%, ficando em R$ 41,6 bilhões em junho deste ano.

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