Economia

Consumo maior não reduz desigualdade social, critica FHC

Em painel "Alternativas para a América Latina em tempo de escolhas", Fernando Henrique Cardoso criticou o atual modelo


	FHC: "Chamar de classe média o aumento do consumo e renda não tem consistência"
 (Divulgação)

FHC: "Chamar de classe média o aumento do consumo e renda não tem consistência" (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 15h57.

São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) afirmou nesta terça-feira, 13, que há uma espécie de "rancor" hoje no Brasil.

"Ônibus são queimados todas as noites, a população está irada por um conjunto de fatores", afirmou.

FHC participa de evento comemorativo dos dez anos do seu instituto, em São Paulo, com a participação dos ex-presidentes Felipe González, da Espanha, Ricardo Lagos, do Chile, Julio Sanguinetti, do Uruguai, e Jorge Castañeda, ex-ministro das Relações Exteriores do México.

No painel "Alternativas para a América Latina em tempo de escolhas", FHC criticou o atual modelo, que prioriza o consumo, mas não reduz as desigualdades sociais.

"Chamar de classe média o aumento do consumo e renda não tem consistência", argumentou.

Nas críticas, o ex-presidente tucano citou o setor energético, lamentando que o atual governo tenha colocado um freio numa alternativa real, que é o etanol.

Fernando Henrique frisou que os atuais problemas geram as angústias que levam às manifestações, e citou que há uma espécie de valorização, na América Latina, de modelos autoritários estatizantes, que parecem avançar na comodidade social, mas sem autonomia.

Segundo ele, tais "avanços" são custeados com recursos públicos.

FHC voltou a falar também sobre a Venezuela, dizendo que "é escandaloso que não haja uma reação maior ao que ocorre" naquele país.

Acompanhe tudo sobre:Classe médiaConsumoFernando Henrique CardosoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosProtestosProtestos no Brasil

Mais de Economia

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Mais na Exame