Economia

Consumo excessivo provoca aumento da inadimplência em julho

Para aproveitar incentivos tributários, consumidores compraram mais no início do ano e apertaram o orçamento

Entre junho e julho de 2010, inadimplência do consumidor aumentou 1,5% (.)

Entre junho e julho de 2010, inadimplência do consumidor aumentou 1,5% (.)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2010 às 10h31.

São Paulo - As compras excessivas no início do ano resultaram no aumento da inadimplência do consumidor entre junho e julho de 2010. De acordo com indicador mensal calculado pela Serasa Experian, houve alta de 1,5% neste período. Na comparação entre julho de 2009 e julho deste ano, a elevação foi de 3,9%.

No início do ano, a oferta abundante de crédito e as constantes promoções do varejo atraíram os brasileiros para as lojas. Havia ainda os incentivos fiscais por parte do governo, que isentou de IPI produtos como os da linha branca, móveis e veículos.

Estas condições foram decisivas para que os consumidores antecipassem suas compras, a maioria delas a prazo. O resultado é que, desde março, o endividamento cresce em ritmo moderado. Para os economistas da Serasa, este cenário de aumento da inadimplência deve persistir até o fim do ano.

Além disso, entre maio e junho, uma série de datas comemorativas como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, e as férias escolares, contribuíram para que o impacto no bolso dos consumidores fosse ainda maior.

O indicador mostra que as dívidas com os cartões de crédito foram as principais responsáveis pelo crescimento da inadimplência, que nesta categoria teve alta de 4,4% entre junho e julho.

No mesmo período, as dívidas com os bancos e os títulos protestados tiveram uma contribuição menor com 0,1% cada um. Os cheques sem fundo apresentaram um pequeno recuo de 0,2%.

Leia mais: Dívidas dos consumidores vão derrubar demanda por crédito

Acompanhe tudo sobre:bens-de-consumoConsumidoresDívidas pessoaisIndústria

Mais de Economia

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame