Economia

Confiança empresarial sobe 1,2 ponto em maio ante abril, diz FGV

O resultado representa o maior nível desde dezembro de 2014, quando o índice estava em 87,7 pontos

Confiança: o ICE agrega os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção (BernardaSv/Thinkstock)

Confiança: o ICE agrega os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção (BernardaSv/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de maio de 2017 às 09h21.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 1,2 ponto em maio ante abril, alcançando 86,4 pontos, informou nesta quarta-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 87,7 pontos.

O ICE agrega os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O novo indicador passa a ser divulgado a partir desta quarta, com periodicidade mensal.

"A confiança empresarial manteve em maio a tendência de alta observada desde o início do ano. A boa notícia é a redução virtuosa da distância, ainda grande, entre o nível dos indicadores que medem a percepção sobre o presente e os de expectativas. A má notícia é que a maior parte da coleta de dados para o fechamento deste mês já havia sido realizada quando uma nova crise política foi deflagrada no país, em 17 de maio.

O aumento da incerteza provocado por eventos desta natureza tende a impactar negativamente as expectativas", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

O cálculo do Índice de Confiança Empresarial leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

Em maio, a maior contribuição para a alta da confiança empresarial foi do Índice de Situação Atual (ISA-E), com alta de 1,1 ponto ante abril, para 80,2 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,3 ponto, alcançando 95,0 pontos.

O distanciamento entre a percepção atual dos empresários e as expectativas é visto também nas quatro sondagens que compõem o resultado empresarial.

A sondagem com a maior diferença entre expectativas e percepção atual é a da Construção, com 20,9 pontos de distância; seguida por Serviços, com 13,8 pontos; Comércio, 11,9 pontos; e Indústria, 6,7 pontos.

Entre os segmentos, a melhora da confiança empresarial ocorreu na Indústria e nos Serviços. No Comércio, houve queda de 0,5 ponto, após acumular um aumento de 10,2 pontos nos três meses anteriores. Já a Construção permanece com resultado inferior, retratando ainda o clima de recessão, completou a FGV.

Entre os 49 subsetores pesquisados, houve alta da confiança em apenas 22 e queda em 26. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.932 empresas dos quatro setores, durante os dias 2 e 25 de maio.

Acompanhe tudo sobre:ConfiançaEmpresáriosFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicos

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega