Economia

Confiança de serviços no Brasil despenca em março, aponta FGV

Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 5,0 pontos, a 85,2 pontos, terceira perda mensal consecutiva e menor nível desde dezembro de 2017

Academia: setor de serviços é o maior da economia brasileira (Leo Martins/Exame)

Academia: setor de serviços é o maior da economia brasileira (Leo Martins/Exame)

R

Reuters

Publicado em 30 de março de 2020 às 10h03.

Última atualização em 30 de março de 2020 às 10h05.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil caiu com força em março, evidenciando o forte impacto da pandemia de coronavírus sobre a saúde dos negócios e a queda nas expectativas, informou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O ICS caiu 11,6 pontos na comparação com o mês anterior, para 82,8 pontos, acumulando queda de 13,4 pontos no primeiro trimestre de 2020.

"A confiança de serviços, que já vinha apresentando resultados fracos nos primeiros meses do ano, despenca sob impacto do coronavírus", disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

"(...) O recuo realmente expressivo foi registrado nas expectativas dos empresários, sugerindo que o setor está muito assustado com este momento de muita incerteza e projeta mais dificuldades ainda para os negócios nos próximos meses", completou.

Segundo a FGV, variação negativa do ICS impactou todos os 13 segmentos da pesquisa, com grande deterioração das expectativas em relação aos próximos meses.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 5,0 pontos, a 85,2 pontos, terceira perda mensal consecutiva e menor nível desde dezembro de 2017.

Já o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 18,1 pontos, para 80,8 pontos, menor leitura desde junho de 2016.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação