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Concentração na área de varejo preocupa lojistas

Para o presidente da CNDL, fusão anunciada entre Carrefour e Pão de Açúcar acende "luz amarela" na economia

Pão de Açúcar: para confederação dos lojistas, concentração no setor é muito rápida (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 00h50.

Brasília - Os lojistas brasileiros estão preocupados com o processo de concentração que ocorre no país na área varejista, disse o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior. Essa tendência, segundo ele, "sempre houve na área dos bancos e ocorre agora perigosamente no varejo", avalia.

Para o presidente do CNDL, a anunciada fusão do Carrefour com a rede Pão de Açúcar "por si só já acenderia luz amarela na economia" se fosse uma operação estritamente feita na área privada. "No entanto, a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se tornaria acionista do grupo nesse processo, leva à pergunta da sociedade se essa é a função do banco que, pelo que se sabe, destina-se ao fomento de pequenas e médias empresas", diz Pellizzaro Junior.

Para ele, a concentração de grupos acarreta aumento de preços e "o Brasil não está vendo com o olho clínico necessário as consequências do processo de concentração, que está ocorrendo de forma muito rápida na área varejista".

Ao mesmo tempo, diz o dirigente lojista, "está acontecendo a desindustrialização do empresariado brasileiro, que migra para a atividade de distribuição". Segundo ele, os empresários estão passando a comprar no mercado externo o que produziam porque não têm crédito para manter a atividade. "Há no Brasil uma imagem errada sobre o empresário. Pensa-se que todos são vilões, mas a maioria esmagadora chega a ganhar, às vezes, menos que seus funcionários mais bem pagos. Os que têm 5 mil empregados e andam em carros de luxo são minoria".

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Para o presidente do CNDL, a anunciada fusão do Carrefour com a rede Pão de Açúcar "por si só já acenderia luz amarela na economia" se fosse uma operação estritamente feita na área privada. "No entanto, a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se tornaria acionista do grupo nesse processo, leva à pergunta da sociedade se essa é a função do banco que, pelo que se sabe, destina-se ao fomento de pequenas e médias empresas", diz Pellizzaro Junior.

Para ele, a concentração de grupos acarreta aumento de preços e "o Brasil não está vendo com o olho clínico necessário as consequências do processo de concentração, que está ocorrendo de forma muito rápida na área varejista".

Ao mesmo tempo, diz o dirigente lojista, "está acontecendo a desindustrialização do empresariado brasileiro, que migra para a atividade de distribuição". Segundo ele, os empresários estão passando a comprar no mercado externo o que produziam porque não têm crédito para manter a atividade. "Há no Brasil uma imagem errada sobre o empresário. Pensa-se que todos são vilões, mas a maioria esmagadora chega a ganhar, às vezes, menos que seus funcionários mais bem pagos. Os que têm 5 mil empregados e andam em carros de luxo são minoria".

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