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Menos lojas e vendas estaveis Ao contrário do que se observou nos últimos sete anos, o número de lojas varejistas de auto-serviço caiu no país em 2002. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, das 69 400 lojas do ramo registradas em 2001, restaram 68 900 no ano seguinte. O espaço físico oferecido aos consumidores, porém, […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2008 às 09h55.

Menos lojas e vendas estaveis

Ao contrário do que se observou nos últimos sete anos, o número de lojas varejistas de auto-serviço caiu no país em 2002. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, das 69 400 lojas do ramo registradas em 2001, restaram 68 900 no ano seguinte. O espaço físico oferecido aos consumidores, porém, seguiu o padrão de crescimento dos outros anos: as lojas passaram a somar uma área de 15,9 milhões de metros quadrados. Houve um leve crescimento também nas vendas. Em 2002, o faturamento do auto-serviço ficou em 22,6 bilhões de dólares, ante os 22,3 bilhões de 2001. Assim, desde 1999, as receitas do setor se mantêm praticamente no mesmo patamar.

Com 1 843 lojas varejistas de auto-serviços, o Sudeste é a região que mais oferece opções no setor e também, de longe, a que mais fatura. Em 2002, a região registrou vendas de 8,9 bilhões de dólares. Em segundo lugar, ficou a Região Sul, cujo faturamento somou 2,7 bilhões de dólares com suas 1 132 lojas.

Na hora de pagar a conta, dinheiro e cartão de crédito são os meios preferidos dos clientes. Mais da metade das contas (63%) são pagas utilizando esses dois meios, de acordo com a Abras.

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À espera do consumidor

Seguindo o comportamento dos anos anteriores, o número de hipermercados no Brasil continuou crescendo em 2002 e alcançou 300 unidades.

As vendas, porém, seguem em queda. O setor fechou o balanço com vendas estimadas em 9,1 bilhões de dólares. Em 2001, havia faturado 9,8 bilhões.

O setor de shopping centers também sentiu os efeitos da desvalorização do real no ano passado. Os centros de compras filiados à Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) faturaram um total de 8 bilhões de dólares em 2002, com queda de 14% em relação aos 10,2 bilhões de 2001.

A comparação é ainda pior se tomado como referência 1998, quando os shoppings movimentaram 14 bilhões de dólares. Depois de seis anos de crescimento, o número de shoppings filiados à Abrasce também caiu: de 166 unidades registradas em 2001 sobraram 160 em junho de 2003. O número de lojas instaladas, porém, aumentou de 28 700 ao final de 2001 para 29 600 em junho de 2003.

Da mesma forma, ainda segundo a Abrasce, os empregos diretos mantidos pelos shoppings, incluindo os não afiliados à associação, totalizaram 441 000 em 2002, cerca de 10% mais que o quadro do ano anterior.

Atacado em baixa

Depois de uma boa reação em 2000, quando atingiu o faturamento de 21,7 bilhões de dólares, o comércio atacadista entrou em queda, fechando 2002 com vendas estimadas em 18 bilhões. O ano só não foi pior para o atacado do que 1999, quando, com a desvalorização do real, as vendas caíram para 15,8 bilhões de dólares.

A distribuição do faturamento seguiu o padrão dos anos anteriores. A maior parte das vendas vem do serviço de entrega (61,2%), seguido do auto-serviço e do atendimento em balcão. Decompondo o faturamento por categorias de produto, os alimentos lideram a lista dos mais vendidos, com 37,5% do total do setor.

Em seguida, vêm os produtos de higiene, limpeza, as bebidas e as utilidades domésticas.

No ranking dos principais atacadistas houve uma troca de posição. O grupo holandês Makro manteve a liderança, com vendas próximas de 1 bilhão de dólares em 2002, um pouco abaixo do 1,09 bilhão de dólares que havia faturado no ano anterior. O segundo maior faturamento foi da rede paulista Atacadão, que, com 0,77 bilhão de dólares, conquistou a posição que era da mineira Martins em 2001.

Entre os tres maiores do mundo

O sistema de franquias apresentou em 2002 um crescimento de 12% comparado a 2001. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor movimentou cerca de 28 bilhões de reais. Com esse desempenho, o Brasil se mantém como terceiro mercado do mundo em números de franquias, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. Atualmente, operam no país 56 000 franquias de 650 marcas diferentes e 986 franqueadores.

O setor de alimentação continua o maior em número de redes franqueadoras, somando ao todo 127. É um número bem inferior ao total de 204 registrado em 1997, mas representa uma recuperação em comparação com os 101 de 2000. O número de franqueados das redes de alimentação, porém, quase dobrou de 1997 a 2002, passando de 2 500 para aproximadamente 4 700. Segundo a ABF, setores menos tradicionais também estão se destacando. É o caso do grupo que engloba esporte, beleza e saúde, que já é o maior em receita e o segundo em número de franqueados.

São cerca de 1 000 unidades que faturaram aproximadamente 4 bilhões de reais em 2002.

A fuga dos turistas

A situação não melhorou para o turismo brasileiro em 2002. Após ter registrado em 2001 a primeira queda no ingresso de turistas estrangeiros depois de seis anos de crescimento, o setor assistiu a uma fuga ainda maior. Segundo a Embratur, a visitação ao Brasil caiu de 4,77 milhões de turistas em 2001 para 3,78 milhões em 2002.

A Organização Mundial de Turismo relata que o país passou a responder por apenas 0,53% das chegadas de turistas do mundo.

As receitas geradas pelo turismo também retroagiram. Os visitantes estrangeiros deixaram 3,1 bilhões de dólares no país em 2002, uma queda de 22% em relação a 2000.

A principal queixa dos turistas e, freqüentemente, um fator que pode afastá-los das terras brasileiras é a questão da segurança.

O que se mantém é a preferência do turista estrangeiro pela cidade do Rio de Janeiro. Desde 1992, a cidade é a que mais recebe turistas de fora.

Em 2002, 38,6% dos estrangeiros que visitaram o Brasil tiveram como destino o Rio de Janeiro.

O segundo principal pólo de atração é São Paulo, que recebeu 20,8% dos turistas. Repetindo os anos anteriores, argentinos e americanos lideram a lista de turistas por nacionalidade.

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