Economia

Com isolamento até fim de junho, queda do PIB deve superar 6%

Governo prevê redução de 4,7% neste ano, mas queda pode ser maior, segundo o subsecretário de Política Macroeconômica

Loja fechada em São Paulo: a cada duas semanas a mais de isolamento, o PIB do país cai 0,70 ponto porcentual (Amanda Perobelli/Reuters)

Loja fechada em São Paulo: a cada duas semanas a mais de isolamento, o PIB do país cai 0,70 ponto porcentual (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de maio de 2020 às 14h30.

Última atualização em 13 de maio de 2020 às 17h23.

O subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Vladimir Kuhl Teles, afirmou que, se o isolamento social durar até o fim de junho, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será superior a 6%.

Segundo Teles, a cada duas semanas a mais de isolamento, o PIB cai 0,70 ponto porcentual, considerando a perda direta de R$ 20 bilhões a cada semana de distanciamento.

O cenário base, divulgado nesta quarta-feira, no Boletim MacroFiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), é de queda de 4,7% do PIB, considerando o impacto na trajetória de longo prazo da economia entre 5% e 6% e o fim do isolamento social em 31 de maio.

No limite, explicou Teles, a queda do PIB poderia chegar este ano a 6,2%, considerando o impacto de 10% na trajetória de longo prazo e final da retomada no segundo trimestre de 2021, mesmo com o fim da quarentena no término de maio.

O Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, ainda destacou que a queda de 4,7% já seria a maior da série histórica, desde 1900. "Isso por si só já mostra a severidade do que estamos vivendo."

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