Economia

Com bancos em greve, consumidor enfrenta filas em loterias

Consumidores buscam alternativas para o pagamento de contas de telefone, água e luz

Brasilienses tentam pagar contas nas lotéricas, que estão com filas grandes por causa das greves dos bancos e dos Correios (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Brasilienses tentam pagar contas nas lotéricas, que estão com filas grandes por causa das greves dos bancos e dos Correios (Elza Fiúza/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 14h14.

Brasília – A greve dos bancários, que completa uma semana amanhã (4), aumentou a procura pelas casas lotéricas e pelos terminais de autoatendimento – alternativas para o pagamento de contas de telefone, água e luz, por exemplo. Em Brasília, clientes de bancos reclamam das filas que têm de enfrentar para quitar as contas.

“Quando cheguei à lotérica enfrentei uma fila grande e na hora de pagar não consegui, pois não tinha a fatura, pensei que sem a fatura conseguiria pagar só com o cartão de crédito. Espero que os bancos resolvam terminar a greve o mais rápido possível”, disse o aposentado Osmar Bezerra.

Para ele, a greve é prejudicial à população. “Não consigo pagar todas as minhas contas porque na lotérica só é permitido pagar até R$ 800 e por isso vou pagar multas. Isso é um absurdo, a sociedade é que sofre mesmo com essas greves”, acrescentou.

O contador aposentado Sebastião do Vale reclamou do fato de todo ano ter greve dos bancários. “Já esperava greve esse ano, isso virou rotina. A greve só prejudica a população.”

Os bancários reivindicam reajuste de 12,8%. Esse percentual representa, de acordo com a categoria, 5% de aumento real mais a inflação do período. Além disso, os trabalhadores querem valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados (PLR), abertura de contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, extinção de metas que consideram abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.

Acompanhe tudo sobre:BancosCorreiosEmpresasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasFinançasGrevesServiços

Mais de Economia

Papa Francisco recebe presidente do BID e ganha camisa do Flamengo

Qual será o impacto da tragédia do RS no PIB? Veja projeções

Moody's projeta alta de 2,0% no PIB do Brasil em 2024, e avanço de 2,2% em 2025

Haddad vai encontrar Papa Francisco para discutir taxação de grandes fortunas

Mais na Exame