Economia

Com baixa de 10%, Santa Catarina tem a maior queda na indústria

A produção industrial do Brasil caiu 4,2% em abril, na comparação com o ano passado. Para o IBGE, os índices regionais da produção industrial mostram, em abril, um quadro de resultados negativos, em parte influenciados pelo fato de abril de 2003 ter tido menos dois dias úteis do que o mesmo mês do ano passado. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h39.

A produção industrial do Brasil caiu 4,2% em abril, na comparação com o ano passado. Para o IBGE, os índices regionais da produção industrial mostram, em abril, um quadro de resultados negativos, em parte influenciados pelo fato de abril de 2003 ter tido menos dois dias úteis do que o mesmo mês do ano passado. O instituto encontrou queda na produção industrial em nove das doze regiões pesquisadas, sendo as mais intensas em: Santa Catarina (-10,0%), Pernambuco (-7,7%), Minas Gerais (-6,6%), Ceará (-5,5%) e São Paulo (-5,3%). As áreas que apresentam quedas inferiores aos -4,2% obtidos pelo total da indústria brasileira são: região Sul (-3,5%), Paraná (-2,5%), Nordeste (-1,9%) e Rio de Janeiro (-0,2%). Apenas Espírito Santo (17,6%), Bahia (6,5%) e Rio Grande do Sul (0,9%) elevam a produção neste tipo de confronto. Esses resultados fazem parte da pesquisa regional da indústria.

No indicador acumulado no ano, a indústria do Espírito Santo, com expansão de 21,8%, continua na liderança do desempenho regional, impulsionada pelos aumentos registrados nos setores extrativo mineral (56,0%) e de papel e papelão (53,8%), onde se destacam os itens petróleo e celulose, respectivamente. Em seguida, vêm as indústrias do Paraná (3,9%) e do Rio Grande do Sul (3,1%), fortemente influenciadas pelo desempenho favorável do setor mecânico, com destaque para o aumento na produção de máquinas e equipamentos agrícolas. No Rio de Janeiro, o crescimento de 2,7% se apóia na indústria extrativa mineral, que cresce 3,9%. Também apresentaram resultados positivos: região Sul (1,6%), Bahia (0,5%) e São Paulo (0,5%). As indústrias de Minas Gerais (-3,1%) e de Santa Catarina (-2,9%) revelam as maiores quedas. Na primeira, destacam-se produtos alimentares (-19,6%), e material de transporte (-18,9%), e, na segunda, três setores: vestuário (-24,3%), têxtil (-18,4%) e matérias plásticas (-22,5%). Nos demais locais, as reduções foram de: -1,9% em Pernambuco, -1,7% no Nordeste e de -0,5% no Ceará.

Em abril, a produção industrial do Nordeste diminui 1,9% e registra a terceira queda consecutiva no confronto com igual mês do ano anterior. O indicador acumulado no ano também é negativo (-1,7%), mas o acumulado dos últimos doze meses apresenta expansão de 0,6%. No confronto com abril de 2002, dez dos quinze setores pesquisados apresentaram queda na produção. A maior influência negativa se deve a vestuário e calçados (-29,7%). A indústria química, com expansão de 9,2%, figura como a principal pressão positiva dentre os setores com aumento de produção. O indicador acumulado dos últimos doze meses, com quatro resultados positivos consecutivos, mostra ritmo de expansão estável na passagem de março (0,6%) para abril (0,6%).

Em abril, a produção industrial de São Paulo mostra queda de 5,3% em relação a igual mês do ano anterior. O indicador acumulado no ano revela aumento de 0,5%, mas o acumulado nos últimos doze meses é negativo (-0,5%). Ressalta-se que os resultados são inferiores aos registrados pelo total do país: -4,2%, 0,6% e 2,5%, respectivamente. Com o fraco desempenho do mês, a atividade industrial paulista interrompe, segundo o indicador acumulado nos últimos doze meses, a trajetória de recuperação no ritmo produtivo iniciada em outubro de 2002, passando de 0,3% em março para -0,5% em abril.

No confronto com igual mês do ano anterior, o setor industrial paulista registra a primeira queda na produção (-5,3%) desde outubro de 2002. Para esta redução, contribuem treze dos dezenove setores pesquisados, com as maiores influências de material de transporte (-16,7%) e têxtil (-15,2%). Em contraste, a indústria mecânica, com expansão de 5,4%, responde pela maior contribuição positiva. No indicador acumulado no ano, embora o total da indústria registre crescimento (0,5%), o quadro também é de redução na maior parte (doze) dos dezenove setores investigados. As quedas de maior impacto vêm de material de transporte (-3,4%) e farmacêutica (-15,1%). Entre os setores que mostram ganhos na produção, mecânica (10,5%) exerce, também neste comparativo, a principal influência no cômputo geral e apresenta a mais elevada taxa de crescimento.

O desempenho industrial da região Sul, em abril, registrou uma retração de 3,5% no indicador mensal, ao mesmo tempo em que o acumulado no ano e nos últimos doze meses assinalaram resultados positivos: 1,6% e 1,7%, respectivamente. Vale ressaltar que o queda no indicador mensal interrompe uma seqüência de taxas positivas iniciada em setembro de 2002.

No confronto abril 2003/abril 2002, quinze dos dezenove setores investigados exibem queda na produção. Vestuário e calçados (-26,5%), produtos alimentares (-6,7%) e material de transporte (-17,9%), apresentam as maiores contribuições negativas. Por outro lado, mecânica (22,2%) assinala a mais importante contribuição positiva.

No resultado do acumulado no ano (1,6%), nove setores apresentam aumento na produção, com destaque para mecânica (12,5%) e química (5,4%). Material elétrico e de comunicações (13,5%) e metalúrgica (8,5%) também exerceram fortes contribuições positivas. As principais pressões negativas se originam em vestuário e calçados (-13,9%), têxtil (-18,9%) e produtos alimentares (-2,8%). Por fim, no acumulado nos últimos doze meses, a atividade industrial da região Sul interrompe a trajetória ascendente observada entre julho de 2002 (0,6%) e março passado (2,7%), ao registrar crescimento de 1,7% em abril.

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