Chuvas retornam às lavouras de soja do Sul após período seco
Falta de chuvas vinha sendo motivo de atenção no Rio Grande do Sul
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 10h27.
São Paulo - As chuvas retornam ao Sul do país, após um período seco no fim de dezembro, e devem afastar temores de maiores problemas com a produtividade no Paraná e no Rio Grande do Sul, segundo e terceiro maiores produtores de soja do país.
"Há expectativa de chuva forte sobre o Sul do Brasil pelos próximos cinco dias. Até 7 de janeiro, estima-se acumulado entre 70 milímetros e 100 milímetros no norte do Rio Grande do Sul e oeste e sul do Paraná", disse a Somar Meteorologia nesta sexta-feira.
A falta de chuvas vinha sendo motivo de atenção no Rio Grande do Sul.
Há atraso no crescimento das plantas em algumas regiões do Estado, disse a Emater/RS, órgão de assistência técnica do governo gaúcho, em relatório. "O déficit hídrico durante o dia faz com que as folhas murchem e sua coloração fique verde palha, apagada. Essas ocorrências poderão afetar o rendimento da cultura se a situação não melhorar", disse a entidade.
Em Passo Fundo, polo do agronegócio no noroeste do Rio Grande do Sul, por exemplo, houve chuvas leves em apenas três dos últimos 20 dias de dezembro, segundo dados da Somar.
A meteorologista Estael Sias, da MetSul, afirma que a soja no Estado "está num período em que dá para reverter" eventuais danos. "Em janeiro deve chover acima da média", disse ela.
Por outro lado, pode haver problemas no mês que vem. "Fevereiro é decisivo para a soja, e é possível que falte chuva em fevereiro." No Paraná, o mês de dezembro terminou com acumulado de chuvas 22 por cento abaixo da média histórica, conforme a Somar.
Na região de Maringá, no norte do Estado, um período de 30 dias de chuvas irregulares "vinha preocupando os produtores de soja", disse o técnico Dorival Basta, em um relatório diário da Secretaria de Agricultura, mas houve melhora do clima nos últimos dias.
"Para a cultura da soja, esta chuva geral foi muito importante, pois mais de 50 por cento das lavouras de soja encontram-se em fase de frutificação", segundo o técnico.
A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma colheita recorde de 90 milhões de toneladas de soja na atual safra 2013/14.
No Centro-Oeste, onde o plantio começa mais cedo e há uma ênfase em variedades precoces, as primeiras lavouras começaram a ser colhidas perto do Natal.
No Sul, o plantio ocorre mais tarde e muitas plantações ainda estão em fases vulneráveis ao estresse hídrico.
O Paraná deverá responder por cerca de 18 por cento da soja do Brasil este ano e o Rio Grande do Sul por 15 por cento. Os dois Estados ficam apenas atrás de Mato Grosso em volume de produção.
São Paulo - As chuvas retornam ao Sul do país, após um período seco no fim de dezembro, e devem afastar temores de maiores problemas com a produtividade no Paraná e no Rio Grande do Sul, segundo e terceiro maiores produtores de soja do país.
"Há expectativa de chuva forte sobre o Sul do Brasil pelos próximos cinco dias. Até 7 de janeiro, estima-se acumulado entre 70 milímetros e 100 milímetros no norte do Rio Grande do Sul e oeste e sul do Paraná", disse a Somar Meteorologia nesta sexta-feira.
A falta de chuvas vinha sendo motivo de atenção no Rio Grande do Sul.
Há atraso no crescimento das plantas em algumas regiões do Estado, disse a Emater/RS, órgão de assistência técnica do governo gaúcho, em relatório. "O déficit hídrico durante o dia faz com que as folhas murchem e sua coloração fique verde palha, apagada. Essas ocorrências poderão afetar o rendimento da cultura se a situação não melhorar", disse a entidade.
Em Passo Fundo, polo do agronegócio no noroeste do Rio Grande do Sul, por exemplo, houve chuvas leves em apenas três dos últimos 20 dias de dezembro, segundo dados da Somar.
A meteorologista Estael Sias, da MetSul, afirma que a soja no Estado "está num período em que dá para reverter" eventuais danos. "Em janeiro deve chover acima da média", disse ela.
Por outro lado, pode haver problemas no mês que vem. "Fevereiro é decisivo para a soja, e é possível que falte chuva em fevereiro." No Paraná, o mês de dezembro terminou com acumulado de chuvas 22 por cento abaixo da média histórica, conforme a Somar.
Na região de Maringá, no norte do Estado, um período de 30 dias de chuvas irregulares "vinha preocupando os produtores de soja", disse o técnico Dorival Basta, em um relatório diário da Secretaria de Agricultura, mas houve melhora do clima nos últimos dias.
"Para a cultura da soja, esta chuva geral foi muito importante, pois mais de 50 por cento das lavouras de soja encontram-se em fase de frutificação", segundo o técnico.
A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma colheita recorde de 90 milhões de toneladas de soja na atual safra 2013/14.
No Centro-Oeste, onde o plantio começa mais cedo e há uma ênfase em variedades precoces, as primeiras lavouras começaram a ser colhidas perto do Natal.
No Sul, o plantio ocorre mais tarde e muitas plantações ainda estão em fases vulneráveis ao estresse hídrico.
O Paraná deverá responder por cerca de 18 por cento da soja do Brasil este ano e o Rio Grande do Sul por 15 por cento. Os dois Estados ficam apenas atrás de Mato Grosso em volume de produção.