Economia

China foca em economia doméstica diante de maior risco global

Autoridades chinesas veem “maiores dificuldades” à frente com a pandemia que ameaça a economia global

China: reunião de quarta-feira também pediu mais apoio às pequenas empresas e a reabertura de shopping centers e mercados. (Anthony Kwan/Getty Images)

China: reunião de quarta-feira também pediu mais apoio às pequenas empresas e a reabertura de shopping centers e mercados. (Anthony Kwan/Getty Images)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 12 de abril de 2020 às 08h03.

Última atualização em 12 de abril de 2020 às 08h03.

Os principais líderes da China se comprometeram em expandir a demanda doméstica para impulsionar o consumo e o investimento público, pois veem “maiores dificuldades” à frente com a pandemia que ameaça a economia global.

Governos de todos os níveis devem trabalhar para garantir que o setor de serviços possa normalizar as operações e incentivar o consumo, além de acelerar projetos de investimento, segundo informações da agência de notícias Xinhua, que citou uma reunião do Politburo liderada pelo presidente Xi Jinping. A reunião de quarta-feira também pediu mais apoio às pequenas empresas e a reabertura de shopping centers e mercados.

“A economia chinesa enfrenta maiores dificuldades no momento”, pois a contínua propagação do coronavírus ameaça o crescimento global e aumenta a instabilidade no mundo todo, de acordo com relatório da reunião.

A situação atual pode continuar por um longo tempo, e autoridades devem estar preparadas para lidar com isso, segundo o comunicado, que não dá detalhes sobre como o governo planeja expandir a demanda doméstica.

A reunião indica que haverá “apoio fiscal mais proativo”, com ênfase em medidas de alívio para empresas e famílias mais afetadas, a fim de evitar falências e demissões generalizadas, escreveu em nota Wan Qian, economista para China da Bloomberg Economics, em Hong Kong.

Haverá mais investimento público financiado por títulos especiais dos governos central e local, e o volume pode ficar entre 4 trilhões e 5 trilhões de yuans (entre US$ 566 bilhões e US$ 708 bilhões) para o ano, segundo a economista.

 

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