O número de casas com computador no país cresceu 15,1% entre 2001 e 2002, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados nesta sexta-feira (10/10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento mostra também que as casas com computador conectado à Internet passaram de 8,6% em 2001 para 10,3% no ano passado. Em 2001, primeiro ano em que o item computador passou a ser considerado na pesquisa, 12,6% das casas tinham computador e no ano seguinte, 14,2%.

As vendas de computadores foram muito superiores em relação ao percentual registrado para rádio, TV, geladeira, freezer e máquina de lavar. Segundo o IBGE, a presença desses dois últimos bens aumentou de forma significativa nas casas brasileiras. O número de moradias com geladeira cresceu de 71,5%, em 1992, para 86,7% em 2002.

Em dez anos, o percentual de domicílios com televisão aumentou de 74% para 89,9%, enquanto o rádio passou de 84,9% para 87,9% no mesmo período. Em 2002, os aparelhos de TV voltaram a superar pelo segundo ano consecutivo o número de rádios. Ao considerar a renda das famílias, o IBGE verificou que no grupo de até dois salários mínimos a televisão tem preferência sobre a geladeira. Quase 80% das moradias desse grupo têm aparelho de TV, contra 69,1% com geladeira.

Telefone x esgoto

Em 2002, a proporção de casas com telefone era de 61,6%, enquanto apenas 46,4% contavam com rede de esgoto. O acesso a telefones, fixo ou móvel, triplicou comparado a 1992. Naquele ano, apenas 19% das casas tinham uma linha. Em 8,8% dos domicílios pesquisados havia apenas linha telefônica celular. As redes de esgoto aumentaram em 10 anos, mas ainda atendem a uma pequena parcela da população: de 38,9% em 1992 para 46,4%.

Emprego

O Brasil criou mais postos de trabalho em 2002, registrando um aumento de 3,6%, mas o percentual de pessoas ocupadas é de apenas 55,7%. A Pnad mostrou que 55,7% da população de 10 ou mais anos de idade (78,1 milhões de pessoas) tinham trabalho no ano passado, contra 54,8% em 2001. Mas 7,8 milhões de pessoas estavam em busca de uma vaga.

Previdência

O número de contribuintes inscritos nos institutos de Previdência aumentou 2,4%, em 2002, comparado a 2001, chegando a 45,2% da população ocupada. O percentual superou os alcançados na década passada, quando o máximo atingido, 44%, foi em 1998.