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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Washington - O governo norte-americano rebateu as críticas feitas à decisão de adiar a divulgação de um relatório no qual a China poderia ser rotulada como "país manipulador do câmbio" e informou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um apelo direto a Pequim para que a cotação de sua moeda passe a ser determinada pelo mercado.
"Esse assunto é levantado sempre que o presidente e membros do governo se reúnem com líderes da China", afirmou Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca, durante conversa com jornalistas em Washington. "O tema foi levantado diretamente pelo presidente em Pequim em novembro do ano passado", prosseguiu ele. "O presidente afirmou em diversas ocasiões recentemente que a moeda da China precisa ter preço baseado no mercado", concluiu o porta-voz.
No último sábado, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, informou que seria adiada a divulgação da apresentação ao Congresso de um relatório sobre a política monetária de importantes parceiros comerciais dos EUA, entre eles a China. Geithner defendeu ainda que "o melhor caminho para fazer avançarem os interesses dos Estados Unidos no momento" é a realização de reuniões de alto escalão envolvendo os governos norte-americano e chinês.
A divulgação do relatório estava originalmente prevista para 15 de abril, pouco depois de uma visita do presidente da China, Hu Jintao, a Washington para uma reunião de cúpula sobre segurança nuclear.
O adiamento da divulgação do relatório recebeu críticas de congressistas e de grupos empresariais para os quais o governo norte-americano deveria ser mais duro nas gestões para que a China permita a valorização do yuan. Um projeto de lei de autoria do senador Charles Schumer (democrata por Nova York) exige a imposição de tarifas e outras punições a países que nada façam para equilibrar a cotação de suas moedas. As informações são da Dow Jones.