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Carnaval do Rio deve movimentar mais de US$ 620 milhões

O montante significará um incremento de 12% em relação ao resultado registrado no ano passado, segundo Luiz Carlos Prestes Filho

Nas escolas de samba, profissionais de diversas áreas trabalham praticamente o ano inteiro, organizando a infraestrutura da escola para o desfile (Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 10h52.

Rio de Janeiro - A exemplo da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o carnaval é considerado uma oportunidade de geração de negócios, emprego e renda no Brasil, disse o superintendente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro (Sedeis), Luiz Carlos Prestes Filho.

“O carnaval vai trazer este ano 850 mil turistas e vai movimentar cerca de US$ 628 milhões no estado", informou. Isso significará um incremento de 12% em relação ao resultado registrado no ano passado. Para mostrar a importância do carnaval, Prestes lembrou que para a Copa de 2014 está prevista a entrada no país de 700 mil visitantes.

“Se a Fifa [Federação Internacional de Futebol] e o COI [Comitê Olímpico Internacional] fazem da Copa e das Olimpíadas o seu grande negócio, acho que nada mais normal a prefeitura e o governo do estado encararem o carnaval como um evento importantíssimo dentro do contexto da indústria de entretenimento”, observou.

Entre os segmentos que faturam com o evento, Prestes destacou as áreas de turismo, transporte, de fabricação de instrumentos musicais, audiovisual e rádio, da indústria gráfica e editorial, de teatro, empresas de eventos, além dos setores de hospedagem, gastronomia e da indústria de bebidas. “São setores que faturam e movimentam o dinheiro na cidade”.

Autor do estudo Cadeia Produtiva da Economia do Carnaval, o superintendente destacou a criação de empregos temporários no período. Pesquisa do Ministério do Trabalho mostra que o carnaval responde pela geração, durante o ano, de 250 mil empregos temporários no estado. Na região da Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), maior shopping a céu aberto da América Latina, localizado no centro da capital fluminense, grande parte dos comerciantes tem no carnaval o seu maior faturamento anual e amplia o quadro de funcionários extras.

“É o momento em que mais vendem, mais têm negócios realizados”. Depois do Natal, o carnaval é a principal época de faturamento das lojas. Prestes explicou que muitos empregados que começam como temporários durante o carnaval, depois se tornam fixos. Hotéis, restaurantes, agências de turismo e a área de transporte também fazem contratações temporárias para o período.


Nas escolas de samba, profissionais de diversas áreas, como marceneiros, serralheiros e costureiras, trabalham praticamente o ano inteiro, organizando a infraestrutura da escola para o desfile.

O superintendente chamou a atenção para a importância dos núcleos produtivos de carnaval, localizados em municípios do interior, que sobrevivem trabalhando para o evento durante todo o ano e têm como principal atividade a confecção e o bordado. Um desses núcleos está na cidade de Barra Mansa, no sul do estado.

“Mais de 700 bordadeiras produzem 39 milhões de peças de bordado para escolas de samba do Rio e de São Paulo. Oitenta por cento da produção do polo de bordado de Barra Mansa são para atender a escolas de São Paulo e do Rio. Os 20% excedentes já estão sendo enviados para escolas de samba no Japão, na Inglaterra, França, em Portugal e nos Estados Unidos”, informou.

Este ano, o carnaval do Rio comemora 80 anos do primeiro desfile, realizado em 1932. Ao contrário daquela época, quando poucas pessoas participavam, as escolas hoje têm cerca de 5 mil integrantes. “É outra realidade”. Esse carnaval-espetáculo requer profissionais especializados, como engenheiros elétricos, devido à exigência de laudo do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) para liberar a escola na avenida. “Estamos falando de segurança do trabalho”, acrescentou Prestes.

O governo do estado e a prefeitura do Rio estimulam as escolas de acesso ou dos grupos C, D e E, cujos orçamentos oscilam entre R$ 10 mil e R$ 70 mil por ano, enquanto as grandes agremiações têm orçamentos que superam, muitas vezes, os US$ 7 milhões. O superintendente convidou a população e os turistas a assistirem ao carnaval dessas pequenas escolas do subúrbio, que são desfiles gratuitos e com segurança. “É carnaval das comunidades que merece ser visto”, disse.

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Rio de Janeiro - A exemplo da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o carnaval é considerado uma oportunidade de geração de negócios, emprego e renda no Brasil, disse o superintendente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro (Sedeis), Luiz Carlos Prestes Filho.

“O carnaval vai trazer este ano 850 mil turistas e vai movimentar cerca de US$ 628 milhões no estado", informou. Isso significará um incremento de 12% em relação ao resultado registrado no ano passado. Para mostrar a importância do carnaval, Prestes lembrou que para a Copa de 2014 está prevista a entrada no país de 700 mil visitantes.

“Se a Fifa [Federação Internacional de Futebol] e o COI [Comitê Olímpico Internacional] fazem da Copa e das Olimpíadas o seu grande negócio, acho que nada mais normal a prefeitura e o governo do estado encararem o carnaval como um evento importantíssimo dentro do contexto da indústria de entretenimento”, observou.

Entre os segmentos que faturam com o evento, Prestes destacou as áreas de turismo, transporte, de fabricação de instrumentos musicais, audiovisual e rádio, da indústria gráfica e editorial, de teatro, empresas de eventos, além dos setores de hospedagem, gastronomia e da indústria de bebidas. “São setores que faturam e movimentam o dinheiro na cidade”.

Autor do estudo Cadeia Produtiva da Economia do Carnaval, o superintendente destacou a criação de empregos temporários no período. Pesquisa do Ministério do Trabalho mostra que o carnaval responde pela geração, durante o ano, de 250 mil empregos temporários no estado. Na região da Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), maior shopping a céu aberto da América Latina, localizado no centro da capital fluminense, grande parte dos comerciantes tem no carnaval o seu maior faturamento anual e amplia o quadro de funcionários extras.

“É o momento em que mais vendem, mais têm negócios realizados”. Depois do Natal, o carnaval é a principal época de faturamento das lojas. Prestes explicou que muitos empregados que começam como temporários durante o carnaval, depois se tornam fixos. Hotéis, restaurantes, agências de turismo e a área de transporte também fazem contratações temporárias para o período.


Nas escolas de samba, profissionais de diversas áreas, como marceneiros, serralheiros e costureiras, trabalham praticamente o ano inteiro, organizando a infraestrutura da escola para o desfile.

O superintendente chamou a atenção para a importância dos núcleos produtivos de carnaval, localizados em municípios do interior, que sobrevivem trabalhando para o evento durante todo o ano e têm como principal atividade a confecção e o bordado. Um desses núcleos está na cidade de Barra Mansa, no sul do estado.

“Mais de 700 bordadeiras produzem 39 milhões de peças de bordado para escolas de samba do Rio e de São Paulo. Oitenta por cento da produção do polo de bordado de Barra Mansa são para atender a escolas de São Paulo e do Rio. Os 20% excedentes já estão sendo enviados para escolas de samba no Japão, na Inglaterra, França, em Portugal e nos Estados Unidos”, informou.

Este ano, o carnaval do Rio comemora 80 anos do primeiro desfile, realizado em 1932. Ao contrário daquela época, quando poucas pessoas participavam, as escolas hoje têm cerca de 5 mil integrantes. “É outra realidade”. Esse carnaval-espetáculo requer profissionais especializados, como engenheiros elétricos, devido à exigência de laudo do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) para liberar a escola na avenida. “Estamos falando de segurança do trabalho”, acrescentou Prestes.

O governo do estado e a prefeitura do Rio estimulam as escolas de acesso ou dos grupos C, D e E, cujos orçamentos oscilam entre R$ 10 mil e R$ 70 mil por ano, enquanto as grandes agremiações têm orçamentos que superam, muitas vezes, os US$ 7 milhões. O superintendente convidou a população e os turistas a assistirem ao carnaval dessas pequenas escolas do subúrbio, que são desfiles gratuitos e com segurança. “É carnaval das comunidades que merece ser visto”, disse.

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