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Câmbio reduz vantagem da soja do Brasil, diz FCStone

O Brasil, que está colhendo uma safra recorde de cerca de 100 milhões de toneladas, é o maior exportador global de soja, atrás dos Estados Unidos

Agricultura: com esta mudança de conjuntura, é possível que os Estados Unidos exportem mais do que o previsto, segundo a consultoria (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 15h03.

São Paulo - A recente valorização do real ante o dólar com a crise política no Brasil reduziu a vantagem competitiva da soja do país no mercado internacional, abrindo espaço para os Estados Unidos exportarem mais que o previsto, afirmou a consultoria INTL FCStone nesta segunda-feira.

O Brasil, que está colhendo uma safra recorde de cerca de 100 milhões de toneladas, é o maior exportador global de soja, atrás dos Estados Unidos.

Produtores brasileiros aproveitaram a força do dólar anteriormente e venderam grandes volumes antecipadamente, quando a moeda norte-americana estava mais forte frente ao real --o pico foi atingido em 21 de janeiro, a 4,1655 reais por dólar; atualmente, o câmbio está em 3,6150, queda de 13 por cento.

"Os preços atrativos da soja, que motivaram um adiantamento da comercialização da safra..., estão ameaçados. Isso porque, após a intensificação da crise política, a valorização da moeda nacional colocou a vantagem competitiva do Brasil no mercado internacional em xeque", disse a consultoria em nota.

De acordo com a coordenadora de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Natália Orlovicin, o Brasil, que ainda tem cerca de 40 por cento da sua safra para ser comercializada (quase 40 milhões de toneladas entre exportação e mercado interno), "pode ver seus embarques e vendas externas sendo reduzidos".

Com esta mudança de conjuntura, é possível que os Estados Unidos exportem mais do que o previsto, segundo a consultoria.

O novo cenário de câmbio no Brasil levaria a um aumento considerável na demanda total pelo grão dos Estados Unidos e uma consequente queda nos estoques finais norte-americanos, o que significa preços maiores na bolsa de Chicago (CBOT), referência global.

De acordo com cenário da consultoria INTL FCStone, os Estados Unidos exportariam um adicional de 6 milhões de toneladas, contra uma redução de mesmo montante do sul-americano.

Em meados de março, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) previu que as exportações de soja do Brasil deverão subir para um recorde de 55,3 milhões de toneladas em 2016, superando a marca histórica verificada no ano passado, de 54,3 milhões de toneladas.

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O Brasil, que está colhendo uma safra recorde de cerca de 100 milhões de toneladas, é o maior exportador global de soja, atrás dos Estados Unidos.

Produtores brasileiros aproveitaram a força do dólar anteriormente e venderam grandes volumes antecipadamente, quando a moeda norte-americana estava mais forte frente ao real --o pico foi atingido em 21 de janeiro, a 4,1655 reais por dólar; atualmente, o câmbio está em 3,6150, queda de 13 por cento.

"Os preços atrativos da soja, que motivaram um adiantamento da comercialização da safra..., estão ameaçados. Isso porque, após a intensificação da crise política, a valorização da moeda nacional colocou a vantagem competitiva do Brasil no mercado internacional em xeque", disse a consultoria em nota.

De acordo com a coordenadora de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Natália Orlovicin, o Brasil, que ainda tem cerca de 40 por cento da sua safra para ser comercializada (quase 40 milhões de toneladas entre exportação e mercado interno), "pode ver seus embarques e vendas externas sendo reduzidos".

Com esta mudança de conjuntura, é possível que os Estados Unidos exportem mais do que o previsto, segundo a consultoria.

O novo cenário de câmbio no Brasil levaria a um aumento considerável na demanda total pelo grão dos Estados Unidos e uma consequente queda nos estoques finais norte-americanos, o que significa preços maiores na bolsa de Chicago (CBOT), referência global.

De acordo com cenário da consultoria INTL FCStone, os Estados Unidos exportariam um adicional de 6 milhões de toneladas, contra uma redução de mesmo montante do sul-americano.

Em meados de março, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) previu que as exportações de soja do Brasil deverão subir para um recorde de 55,3 milhões de toneladas em 2016, superando a marca histórica verificada no ano passado, de 54,3 milhões de toneladas.

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