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Caixa não encontrou desvios na J&F, mas elevou provisões

O presidente do banco disse que as operações do grupo estão em dia, mas que "foi adotada uma medida prudencial"

Caixa: de acordo com o presidente do banco, Gilberto Occhi, a Caixa agiu por governança (Pilar Olivares/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de maio de 2017 às 18h07.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal concluiu na quinta-feira, 25, um trabalho de apuração de eventuais irregularidades nas operações da holding J&F e não identificou desvios, mas ainda assim decidiu elevar as provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, por conta da situação do grupo, de acordo com o presidente do banco, Gilberto Occhi.

"As operações da J&F estão em dia, mas o banco adotou uma medida prudencial e fez um provisionamento adicional em maio", disse ele, a jornalistas, durante a abertura do Feirão da Casa Própria, em São Paulo, nesta sexta-feira.

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De acordo com Occhi, a Caixa agiu por governança. Afirmou ainda que o banco tem reunião na semana que vem com os representantes da holding, a pedido deles, para conversar sobre a situação da companhia, impactada pelas delações dos irmãos Batista.

"Nosso jurídico está em contato com o Ministério público Federal (MPF) e a Justiça Federal. Essa é uma parte importante. Não há hoje motivo para adotarmos uma medida radical como, por exemplo, a execução de dívida do grupo, que está em dia e tem garantia. Tomamos todas as providências. Há uma adimplência", explicou Occhi, acrescentando que o banco está tomando medidas cautelares.

Ele descartou ainda a possibilidade de encontrar irregularidades em operações da J&F.

Occhi disse também que é praxe do banco abrir procedimento de avaliação de empresas envolvidas na Operação Lava Jato e que a Caixa tem um processo de governança rigoroso.

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