Economia

Brasília vira alternativa de investimento para indústrias

Brasília foi construída para ser uma capital administrativa. Ter um setor industrial não estava nos planos. Mas com o grande crescimento da população nos últimos anos (2,6% só em 2001) o governo do Distrito Federal teve de mudar de idéia e incentivar a ida de indústrias para o entorno de Brasília. Resultado: hoje a Capital […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

Brasília foi construída para ser uma capital administrativa. Ter um setor industrial não estava nos planos. Mas com o grande crescimento da população nos últimos anos (2,6% só em 2001) o governo do Distrito Federal teve de mudar de idéia e incentivar a ida de indústrias para o entorno de Brasília. Resultado: hoje a Capital tem até uma categoria de metalúrgicos.

Em 5 anos foram aprovados benefícios financeiros e fiscais para a instalação de 4 275 novas empresas para Brasília e suas 21 cidades satélites, gerando 125 mil empregos diretos e indiretos, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal. Cerca de 50% das novas empresas são do comércio, 30% de serviços e 20% de indústrias. No conjunto, a maioria é de pequeno porte e atende o mercado local.

As grandes têm de olhar mais adiante, regionalmente. É o que fez a Latasa, que acaba de inaugurar uma nova unidade no Distrito Federal, um investimento de 70 milhões de reais, onde produz latas de alumínio. Foi a estratégia que a empresa teve para ficar mais perto dos clientes, as indústrias de bebidas do Centro-Oeste.

Outra empresa, a União Química, de São Paulo, está investindo 87 milhões de reais para construir sua fábrica na capital federal. A nova unidade produzirá, de início, 7,5 milhões de unidades/mês de medicamentos genéricos e aumentará a capacidade da empresa em 40%. "Pretendemos ser um dos maiores laboratórios brasileiros. Para conseguir isso, temos de atender mercados que hoje exploramos mal. Por isso fizemos esse investimento em Brasília", diz João Carlos Fernandes, diretor de assuntos governamentais da União Química. "A partir daqui atenderemos os mercados do Norte-Nordeste e Centro-Oeste."

O Distrito Federal também conta com a vantagem da posição geográfica -- Brasília fica a pouco mais de uma hora de vôo das principais capitais do país. Seu aeroporto é o segundo mais movimentado do país. A localização ajuda a atrair empresas de logística para o cerrado. "Interessa-nos empresas de logística de todos os setores", diz Afrânio Roberto de Souza Filho, secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal. Outro ponto de atração são os fretes. Enviar uma carga de Brasília para São Paulo custa bem menos do que mandar o mesmo material no sentido oposto. Quem sabe tira proveito. É o caso da Gimba, uma distribuidora de materiais de escritório e de informática. Só no Distrito Federal ela fatura 12 milhões de reais por mês.

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