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Brasil vai produzir gasolina com mesma qualidade dos EUA e Europa

A partir de agosto, combustível seguirá novas especificações. Preço será mais caro, o que deve ser compensado por consumo menor, diz diretora da Petrobras

Gasolina: o preço do litro, contudo, será um pouco mais caro (FeelPic/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de junho de 2020 às 07h18.

Última atualização em 24 de junho de 2020 às 09h31.

A partir de agosto, o Brasil passará a produzir gasolina com a qualidade semelhante à vendida nos Estados Unidos e na Europa.

A diretora de Refino e Gás da Petrobras, Anelise Lara, informou nesta terça-feira que já no segundo semestre a produção seguirá novas especificações nas refinarias da companhia. Entre outras vantagens, explicou Anelise, a nova gasolina vai garantir melhor desempenho dos motores dos automóveis e redução do consumo.

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O preço do litro, contudo, será um pouco mais caro, de acordo com a executiva, o que será compensado pelo menor consumo.

Anelise explicou a mudança durante uma videoconferência sobre Mobilidade Sustentável e o Futuro do Combustível, realizada pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

Em janeiro deste ano, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou resolução que teve por objetivo melhorar a qualidade da gasolina produzida no Brasil.

Qualquer refinador que vier a produzir gasolina no país ou importador terá que adotar as novas especificações.

"Essa melhoria na qualidade da gasolina foi uma vitória importante e passa a valer agora em agosto. A nova especificação, tanto para a gasolina comum como para as gasolinas premium, vai ter como vantagem a redução do consumo. Ou seja, uma maior eficiência energética, rodando mais quilômetros por litro e dando maior proteção nos motores. Essa mudança aproxima a qualidade da nossa gasolina a das gasolinas vendidas no mercado americano e europeu", destacou Anelise.

A diretora da Petrobras explicou que o preço será um pouco superior devido à paridade de importação com as gasolinas de melhor qualidade existentes no exterior, que são mais caras. Mas garantiu que a redução do consumo vai compensar esse custo maior.

"Como a Petrobras pratica o preço de paridade de importação, a comparação será com gasolinas de melhor qualidade do exterior. Então, vai ser um pouco mais alto, mas vai compensar muito, porque vai ser uma gasolina mais eficiente. No final, para o consumidor, em termos de custo, a gente acredita que será positivo, pois será possível rodar mais quilômetros com menos litros", destacou Anelise.

A diretora explicou que a gasolina que será produzida com as novas especificações vai manter o mesmo percentual de 27% de adição de etanol anidro:

"A gasolina vai aumentar sua qualidade intrínseca, em termos de octanagem e de massa específica, que são características muito positivas. Ou seja, vamos ter uma gasolina comum de melhor qualidade"

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