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'Brasil terá déficit de gás natural se não ampliar parceria com Bolívia'

Nem nova legislação nem investimentos da Petrobras poderão resolver carência do insumo no médio prazo. Para membro da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base, deve-se priorizar novas negociações com a Bolívia, a despeito da instabili

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

O Brasil precisa de 30 milhões de metros cúbicos adicionais de gás natural até 2010. E, para cobrir essa necessidade, só resta ao país retomar com urgência as negociações para ampliar o fornecimento do insumo pela Bolívia. A avaliação é de João Carlos Albuquerque, diretor da Elektro e vice-presidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib). Albuquerque é um dos participantes do 2º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, que será encerrado nesta quinta-feira (15/9).

"ALei do Gásé necessária, mas não suficiente", diz. "O fato é que temos uma crise de oferta, nós não temos esse gás." Para ele, é infantilidade imaginar que o Brasil pode prescindir do fornecimento boliviano como reação àelevação de tributossobre a exploração de gás.

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"Precisamos lidar com os fatos, e a convulsão política na Bolívia não deve impedir a retomada do esforço negociador para a integração energética do Cone Sul", afirma Albuquerque. Ao mesmo tempo, as reservas brasileiras não devem produzir o necessário a tempo. "O campo de Mexilhão deve agregar apenas entre 6 a 8 milhões de metros cúbicos, e seu tempo de maturação excede 2010", diz o especialista.

Recentemente, a Petrobrasalterou sua previsãode demanda de gás natural de 77,6 milhões de metros cúbicos para 99,3 milhões de metros cúbicos em 2010. A estatal ampliou a programação de investimentos para a área de 2,9 bilhões de dólares para 6,7 bilhões entre 2006 e 2010. Os investimentos em gasodutos serão de 4,5 bilhões.

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