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Brasil tenta eliminar déficit de R$ 125 bi cortando canetas

Compras não são centralizadas e cada divisão do governo escolhe entre 47 tipos de canetas esferográficas, além de 36 tipos de grampeadores e 47 de cola

Ideia poderia acabar gerando uma economia de R$ 13 milhões por ano, segundo a Folha (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

João Pedro Caleiro

Publicado em 12 de junho de 2018 às 14h09.

Última atualização em 12 de junho de 2018 às 14h21.

As coisas estão tão ruins em Brasília que até canetas podem entrar nos cortes.

Para cada real gasto com artigos de papelaria, o governo gasta o dobro com logística , segundo a Folha de S.Paulo. Por essa razão, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão está repensando seu sistema e centralizando as aquisições de lápis e outros materiais do tipo.

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Pelo fato de cada divisão do governo poder escolher os itens desejados, há 47 tipos de canetas esferográficas na lista -- além de 36 tipos de grampeadores, 47 de cola e mais de 50 variedades de blocos de notas.

O governo quer reduzir a lista total de grampeadores, envelopes e similares -- de 1.900 itens atualmente -- para 50, segundo a Folha.

São tantos os produtos encomendados todos os anos que o governo alugou salas para armazená-los. O ministro do Planejamento, Gleisson Rubin, disse à Folha que a situação está fora de controle. O governo agora busca um único provedor que atenda todas as suas necessidades e vai fazer uma licitação.

A ideia faz sentido e poderia acabar gerando uma economia de R$ 13 milhões por ano, segundo a Folha. Mas o dinheiro poupado seria de pouca ajuda frente ao déficit fiscal que totalizou R$ 125 bilhões no período de 12 meses até abril.

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