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Brasil tem pior déficit em conta corrente para março

Segundo Banco Central, país registrou um déficit em transações correntes de US$ 6,873 bilhões

Pessoas sacando dinheiro em banco: no acumulado em 12 meses encerrados em março, o déficit em conta corrente do país ficou em 2,93% do PIB (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 11h56.

Brasília - O Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,873 bilhões de dólares no mês passado, informou o Banco Central nesta quarta-feira, o pior desempenho para meses de março desde o início da série histórica, em 1980.

O resultado veio um pouco pior do que o esperado pelo mercado e também não foi compensado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) que, em março, somaram 5,739 bilhões de dólares.

Economistas consultados pela Reuters, pela mediana, previam saldo negativo de 6 bilhões de dólares no mês passado na conta corrente do país, enquanto calculavam que o IED ficaria em 4,2 bilhões de dólares.

No acumulado em 12 meses encerrados em março, o déficit em conta corrente do país ficou em 2,93 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o pior resultado desde agosto de 2002, quando ficou em 2,97 por cento.

O desempenho ruim da balança comercial tem influenciado negativamente os resultados da conta corrente no país, com sucessivos saldos ruins, devido ao cenário ruim do comércio externo. Em março, o país registrou superávit comercial de apenas 161 milhões de dólares, segundo o BC, muito inferior aos 2,024 bilhões de dólares vistos um ano antes.

Só na terceira semana de abril, o país registrou déficit comercial de 2,271 bilhões de dólares, pior resultado semanal. No ano, a balança comercial acumula saldo negativo de 6,489 bilhões de dólares.

O déficit nas transações correntes --que incluem a importação e exportação de bens e serviços e as transações unilaterais-- também foi impactado pelo aumento das remessas de lucros e dividendos, que somaram 2,732 bilhões de dólares no mês passado, ante 1,965 bilhão de dólares em igual mês de 2012. Em fevereiro, esses envios haviam somado 2,174 bilhões de dólares.

Os gastos líquidos de brasileiros no exterior com viagens também pesaram no mês passado, atingindo 1,271 bilhão de dólares em março, maior que os gastos líquidos de 997 milhões registrados em igual mês de 2012.

O cenário desfavorável no comércio internacional para as exportações brasileiras levaram o BC a aumentar, em março, a estimativa de déficit em transações correntes de 2013 a 67 bilhões de dólares, ante 65 bilhões de dólares, superior à projeção de ingresso de 65 bilhões de dólares de IED prevista para o ano.

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Brasília - O Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,873 bilhões de dólares no mês passado, informou o Banco Central nesta quarta-feira, o pior desempenho para meses de março desde o início da série histórica, em 1980.

O resultado veio um pouco pior do que o esperado pelo mercado e também não foi compensado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) que, em março, somaram 5,739 bilhões de dólares.

Economistas consultados pela Reuters, pela mediana, previam saldo negativo de 6 bilhões de dólares no mês passado na conta corrente do país, enquanto calculavam que o IED ficaria em 4,2 bilhões de dólares.

No acumulado em 12 meses encerrados em março, o déficit em conta corrente do país ficou em 2,93 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o pior resultado desde agosto de 2002, quando ficou em 2,97 por cento.

O desempenho ruim da balança comercial tem influenciado negativamente os resultados da conta corrente no país, com sucessivos saldos ruins, devido ao cenário ruim do comércio externo. Em março, o país registrou superávit comercial de apenas 161 milhões de dólares, segundo o BC, muito inferior aos 2,024 bilhões de dólares vistos um ano antes.

Só na terceira semana de abril, o país registrou déficit comercial de 2,271 bilhões de dólares, pior resultado semanal. No ano, a balança comercial acumula saldo negativo de 6,489 bilhões de dólares.

O déficit nas transações correntes --que incluem a importação e exportação de bens e serviços e as transações unilaterais-- também foi impactado pelo aumento das remessas de lucros e dividendos, que somaram 2,732 bilhões de dólares no mês passado, ante 1,965 bilhão de dólares em igual mês de 2012. Em fevereiro, esses envios haviam somado 2,174 bilhões de dólares.

Os gastos líquidos de brasileiros no exterior com viagens também pesaram no mês passado, atingindo 1,271 bilhão de dólares em março, maior que os gastos líquidos de 997 milhões registrados em igual mês de 2012.

O cenário desfavorável no comércio internacional para as exportações brasileiras levaram o BC a aumentar, em março, a estimativa de déficit em transações correntes de 2013 a 67 bilhões de dólares, ante 65 bilhões de dólares, superior à projeção de ingresso de 65 bilhões de dólares de IED prevista para o ano.

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