Economia

Brasil passa por um momento peculiar, diz Gilmar Mendes

Segundo o juiz, que participa da "A Guerra Fiscal Diante da Reforma Tributária", o que se vê na tributação é um coquetel de conflitos de legislações

Mendes: ele lembrou o julgamento em que o Tribunal decidiu pela inconstitucionalidade dos financiamentos de campanhas eleitorais por empresas (Roberto Jayme/Ascom/TSE/Divulgação)

Mendes: ele lembrou o julgamento em que o Tribunal decidiu pela inconstitucionalidade dos financiamentos de campanhas eleitorais por empresas (Roberto Jayme/Ascom/TSE/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2017 às 12h28.

São Paulo - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, iniciou sua participação no seminário "A Guerra Fiscal Diante da Reforma Tributária", da InterNews, dizendo que o Brasil passa por um momento peculiar em todas as suas áreas. O encontro ocorre em São Paulo.

Na área tributária, segundo o juiz, o que se vê é um coquetel de conflitos de legislações. Ao tecer críticas a algumas decisões da Suprema Corte, Mendes lembrou o julgamento em que o Tribunal decidiu pela inconstitucionalidade dos financiamentos de campanhas eleitorais por empresas.

"Levando isso ao extremo, teríamos que acabar com tudo", disse o ministro arrancando risos das pequena plateia no evento, citando as campanhas para governadores e legislativo nos três níveis.

O problema da corte judicial, de acordo com Mendes, é que ela é um órgão inevitavelmente político e tende, às vezes, pender para ser legislativa.

O ministro admitiu ainda que, na área tributária, muitas vezes os ministros do STF decidem sobre temas sobre os quais não entendem muito bem.

No caso da guerra fiscal, por exemplo, de acordo com ele, é um assunto que deveria ser resolvido no parlamento.

Acompanhe tudo sobre:sao-pauloSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto