Brasil e emergentes são afetados por crise, diz Lagarde
Países estão revisando para baixo previsões de crescimento econômico. Para Lagarde, isso sinaliza efeitos da crise também impactam nos emergentes
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h06.
São Paulo - A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), Cristine Lagarde, alertou que os países emergentes estão sendo afetados pela crise financeira mundial. Citando Brasil, China e Rússia, onde as previsões de crescimento estão sendo revisadas em baixa, Lagarde afirmou que "esses países, que haviam sido os motores da economia mundial antes da crise, vão sofrer com a instabilidade".
O FMI divulgará no fim de janeiro de 2012 suas previsões econômicas mundiais. A instituição havia previsto um crescimento de até 4% da economia global. Lagarde advertiu, contudo, que este valor será revisto para baixo.
Ela comparou a situação atual à do período entre guerras. "O período que estamos vivendo lembra a década de 1930 em alguns aspectos. Naquela época, os Estados se fecharam em si mesmos e o multilateralismo caiu. Hoje vemos alguns países aumentarem suas tarifas, inventar obstáculos tarifários e, às vezes, impedir os fluxos de capital", afirmou em entrevista concedida durante sua viagem à Nigéria na semana passada e publicada neste domingo pelo jornal francês Journal du Dimanche.
O aumento dos egoísmos nacionais é, segundo ela, o principal freio para solucionar a crise. "É difícil implementar as estratégias de coalizão internacional contra a crise. Os parlamentos reclamam de usar dinheiro público ou garantir o apoio do seu Estado para outros países. O protecionismo está sendo debatido, e o cada um por si está ganhando terreno", destacou.
Lagarde se mostrou também muito atenta ao contágio da crise nos países pobres, que são clientes tradicionais do FMI, segundo o jornal. "Em países de baixa renda, as consequências podem ser graves, quando os expatriados reduzirem as transferências de dinheiro. Na Nigéria, os recursos enviados pelos migrantes recuaram 40% em dois meses. Essa instabilidade é uma ameaça para todos os países do mundo. O crescimento mundial sofrerá", acrescentou.
São Paulo - A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), Cristine Lagarde, alertou que os países emergentes estão sendo afetados pela crise financeira mundial. Citando Brasil, China e Rússia, onde as previsões de crescimento estão sendo revisadas em baixa, Lagarde afirmou que "esses países, que haviam sido os motores da economia mundial antes da crise, vão sofrer com a instabilidade".
O FMI divulgará no fim de janeiro de 2012 suas previsões econômicas mundiais. A instituição havia previsto um crescimento de até 4% da economia global. Lagarde advertiu, contudo, que este valor será revisto para baixo.
Ela comparou a situação atual à do período entre guerras. "O período que estamos vivendo lembra a década de 1930 em alguns aspectos. Naquela época, os Estados se fecharam em si mesmos e o multilateralismo caiu. Hoje vemos alguns países aumentarem suas tarifas, inventar obstáculos tarifários e, às vezes, impedir os fluxos de capital", afirmou em entrevista concedida durante sua viagem à Nigéria na semana passada e publicada neste domingo pelo jornal francês Journal du Dimanche.
O aumento dos egoísmos nacionais é, segundo ela, o principal freio para solucionar a crise. "É difícil implementar as estratégias de coalizão internacional contra a crise. Os parlamentos reclamam de usar dinheiro público ou garantir o apoio do seu Estado para outros países. O protecionismo está sendo debatido, e o cada um por si está ganhando terreno", destacou.
Lagarde se mostrou também muito atenta ao contágio da crise nos países pobres, que são clientes tradicionais do FMI, segundo o jornal. "Em países de baixa renda, as consequências podem ser graves, quando os expatriados reduzirem as transferências de dinheiro. Na Nigéria, os recursos enviados pelos migrantes recuaram 40% em dois meses. Essa instabilidade é uma ameaça para todos os países do mundo. O crescimento mundial sofrerá", acrescentou.