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Brasil e emergentes são afetados por crise, diz Lagarde

Países estão revisando para baixo previsões de crescimento econômico. Para Lagarde, isso sinaliza efeitos da crise também impactam nos emergentes

Diretora-geral do FMI, Christine Lagarde afirma que efeitos da crise vão afetar também os emergentes (Paul J. Richards/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h06.

São Paulo - A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), Cristine Lagarde, alertou que os países emergentes estão sendo afetados pela crise financeira mundial. Citando Brasil, China e Rússia, onde as previsões de crescimento estão sendo revisadas em baixa, Lagarde afirmou que "esses países, que haviam sido os motores da economia mundial antes da crise, vão sofrer com a instabilidade".

O FMI divulgará no fim de janeiro de 2012 suas previsões econômicas mundiais. A instituição havia previsto um crescimento de até 4% da economia global. Lagarde advertiu, contudo, que este valor será revisto para baixo.

Ela comparou a situação atual à do período entre guerras. "O período que estamos vivendo lembra a década de 1930 em alguns aspectos. Naquela época, os Estados se fecharam em si mesmos e o multilateralismo caiu. Hoje vemos alguns países aumentarem suas tarifas, inventar obstáculos tarifários e, às vezes, impedir os fluxos de capital", afirmou em entrevista concedida durante sua viagem à Nigéria na semana passada e publicada neste domingo pelo jornal francês Journal du Dimanche.

O aumento dos egoísmos nacionais é, segundo ela, o principal freio para solucionar a crise. "É difícil implementar as estratégias de coalizão internacional contra a crise. Os parlamentos reclamam de usar dinheiro público ou garantir o apoio do seu Estado para outros países. O protecionismo está sendo debatido, e o cada um por si está ganhando terreno", destacou.

Lagarde se mostrou também muito atenta ao contágio da crise nos países pobres, que são clientes tradicionais do FMI, segundo o jornal. "Em países de baixa renda, as consequências podem ser graves, quando os expatriados reduzirem as transferências de dinheiro. Na Nigéria, os recursos enviados pelos migrantes recuaram 40% em dois meses. Essa instabilidade é uma ameaça para todos os países do mundo. O crescimento mundial sofrerá", acrescentou.

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O FMI divulgará no fim de janeiro de 2012 suas previsões econômicas mundiais. A instituição havia previsto um crescimento de até 4% da economia global. Lagarde advertiu, contudo, que este valor será revisto para baixo.

Ela comparou a situação atual à do período entre guerras. "O período que estamos vivendo lembra a década de 1930 em alguns aspectos. Naquela época, os Estados se fecharam em si mesmos e o multilateralismo caiu. Hoje vemos alguns países aumentarem suas tarifas, inventar obstáculos tarifários e, às vezes, impedir os fluxos de capital", afirmou em entrevista concedida durante sua viagem à Nigéria na semana passada e publicada neste domingo pelo jornal francês Journal du Dimanche.

O aumento dos egoísmos nacionais é, segundo ela, o principal freio para solucionar a crise. "É difícil implementar as estratégias de coalizão internacional contra a crise. Os parlamentos reclamam de usar dinheiro público ou garantir o apoio do seu Estado para outros países. O protecionismo está sendo debatido, e o cada um por si está ganhando terreno", destacou.

Lagarde se mostrou também muito atenta ao contágio da crise nos países pobres, que são clientes tradicionais do FMI, segundo o jornal. "Em países de baixa renda, as consequências podem ser graves, quando os expatriados reduzirem as transferências de dinheiro. Na Nigéria, os recursos enviados pelos migrantes recuaram 40% em dois meses. Essa instabilidade é uma ameaça para todos os países do mundo. O crescimento mundial sofrerá", acrescentou.

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