Exame Logo

Boletim Focus: projeção para inflação de 2022 volta a subir e previsão do PIB melhora

A projeção do IPCA para 2022 saltou de 5,63% para 5,82%, contra 5,62% há um mês. A previsão para 2023 continuou em 4,94% e para 2024 permaneceu em 3,50%

Focus: a estimativa para o PIB no fim de 2022 variou no sentido contrário, de 2,77% para 2,76% (Leandro Fonseca/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2022 às 09h36.

A expectativa para a alta do IPCA - índice de inflação oficial - em 2022 voltou a subir no Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 14, pelo Banco Central. Já as medianas para 2023 e 2024, foco da política monetária, ficaram estáveis nesta semana, acima do teto e do centro da meta para os respectivos anos.

A projeção para 2022 saltou de 5,63% para 5,82%, contra 5,62% há um mês. A previsão para 2023 continuou em 4,94% e para 2024 permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, as medianas eram de 4, 97% e 3,43%, nessa ordem.

Veja também

Considerando somente as 61 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 5,66% para 5,82%. Para 2023, seguiu em 4,94%.

As medianas na Focus para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão acima do teto da meta para esses horizontes (de 5,0% e 4 75%, nessa ordem), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, considerando o estouro de 2021. Para 2024, a projeção do mercado está acima do alvo central de 3,00%, mas abaixo do limite superior de 4,50%.

Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas o BC tem dado ênfase ao horizonte seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024.

Na pesquisa Focus, a previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual igual ao de 70 semanas atrás. A meta para aquele ano é de 3,00%, com intervalo de 1,50% a 4,50%.

No Copom deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 5,8% em 2022, 4,8% em 2023 e 2,9% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano pela segunda vez seguida.

Previsão do PIB

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central mostrou ligeira melhora no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 estabilidade para 2023. A mediana para a alta do PIB em 2022 passou de 2,76% para 2,77%, contra 2,71% há um mês. Já a estimativa para a expansão do PIB em 2023 seguiu em 0,70%, ante 0,59% um mês antes.

Considerando apenas as 33 respostas nos últimos cinco dias úteis a estimativa para o PIB no fim de 2022 variou no sentido contrário, de 2,77% para 2,76%. No caso de 2023, a mediana passou de 0,70% para 0,68%.

O Relatório Focus ainda mostrou manutenção da projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,80%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,70% e 2,00%, nessa ordem.

Relação dívida/PIB

O Relatório de Mercado Focus indicou ainda leve melhora na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana caiu de 58 45% para 58,00%, contra 58,40% um mês atrás.

Já a perspectiva para a relação entre resultado primário e o PIB deste ano passou de superávit de 1,00% para 1,10%. Há um mês, a mediana era de 1,00% do PIB. A relação entre déficit nominal e PIB em 2022 variou de 6,10% para 6,00%, contra 6,40% de quatro semanas antes.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB passou de 62,90% para 61,40%, de 63,39% há um mês. A mediana para o déficit primário piorou de 0,50% para 0,55% do PIB, ante 0,50% de quatro semanas antes. Para o rombo nominal, a projeção passou de 7,50% para 7,75% do PIB, ante 7,70% de quatro semanas atrás.

LEIA TAMBÉM:

Gasolina sobe pela 5ª semana seguida e fica acima de R$ 5, diz ANP

Luta contra inflação é longa e árdua, diz presidente do BC

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-internacionalfundos-de-inflacaoIPCAPIB do Brasil

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame