Economia

BM lança plano para ajudar África contra mudança climática

O Banco Mundial anunciou um plano no valor de US$ 16 bilhões destinado a reforçar a capacidade de resistência da África contra os efeitos da mudança climática


	Sede do Banco Mundial: "a África Subsaariana é altamente vulnerável às mudanças climáticas", diz o Banco Mundial
 (Win McNamee/Getty Images)

Sede do Banco Mundial: "a África Subsaariana é altamente vulnerável às mudanças climáticas", diz o Banco Mundial (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 22h09.

Washington - O Banco Mundial (BM) anunciou nesta terça-feira um plano no valor de US$ 16 bilhões destinado a reforçar a capacidade de resistência da África contra os efeitos da mudança climática entre 2016 e 2020, que será apresentado na Cúpula de Paris.

"A África Subsaariana é altamente vulnerável às mudanças climáticas, e nossas pesquisas apontam que pode ter um amplo impacto, que vão desde a malária aos incrementos nos preços dos alimentos e as secas", afirmou Jim Yong Kim, presidente do BM, em uma conferência telefônica.

De acordo com as estimativas do organismo multilateral, a região subsaariana necessita entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões anuais para adaptar-se a um aquecimento global de 2 graus centígrados.

"Os mais pobres nos países pobres são os mais afetados por este aumento da temperatura global", acrescentou Kim, que lembrou que 43 milhões de africanos poderiam voltar a cair na pobreza em 2030 se não forem tomadas medidas de adaptação.

Especialmente afetadas seriam as colheitas de produtos agrícolas básicos como o milho, que poderão reduzir-se entre 40% e 80% nas próximas décadas.

O plano se centraria em promover as fontes de energia de baixas emissões de carbono, como a solar e a geotérmica, e o fomento de modelos de desenvolvimento intersetoriais mais resistentes aos efeitos da mudança climática

Dos US$ 16 bilhões propostos para o plano, US$ 5,7 bilhões proviriam da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, na sigla inglês), o braço do BM que apoia os países mais pobres e outros US$ 2,2 bilhões adicionais sairiam de instrumentos financeiros do clima.

Além disso, US$ 2 bilhões sairiam de outras instituições de desenvolvimento, US$ 3,5 bilhões do setor privado e US$ 700 milhões de fontes nacionais, aos quais seria preciso acrescentar US$ 2 bilhões a entregar uma vez cumpridos os objetivos.

Na 21ª Conferência sobre Mudança Climática de Paris (COP 21), que acontecerá de 30 de novembro a 11 de dezembro, espera-se que sejam alcançados acordos globais ambiciosos que permitirão elaborar planos de trabalho de longo prazo para combater a mudança climática.

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