Exame Logo

BCE está "pronto para agir" para ajudar economia fraca

BC manteve a taxas de juros na mínima recorde de 0,75%, o maior nível entre os principais bancos centrais do mundo

Presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, na coletica de imprensa mensa do BCE, em Frankfurt (Lisi Niesner/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 12h46.

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, abriu as portas nesta quinta-feira para um corte da taxa de juros já no próximo mês, afirmando que o BCE "está pronto" para impulsionar a economia da zona do euro .

Na entrevista à imprensa depois que o BC manteve a taxas de juros na mínima recorde de 0,75 por cento, o maior nível entre os principais bancos centrais do mundo, Draghi disse que a discussão na reunião mensal do banco foi extensiva e que o consenso foi de manter a posição.

Mas ele acrescentou que o BCE está estudando o cenário econômico de perto, pois não há certeza de que economia da zona do euro vai ganhar ímpeto.

"Nas próximas semanas, nós iremos monitorar bem de perto todas as informações sobre os desenvolvimentos econômicos e monetários, e avaliar o impacto sobre a perspectiva de estabilidade de preços", afirmou Draghi.

O predecessor de Draghi, Jean-Claude Trichet, usou uma série de frases em código para sinalizar futuras ações de política, algo que seu sucessor não adotou anteriormente. Uma dessas frases era "monitorar de perto", embora na época isso fosse mais frenquentemente um presságio de alta de juros.

Draghi também abriu caminho para que o BCE adote novas "medidas não-padrão" --medidas diferentes das clássifcas como compras de títulos do governo ou operações de financiamento como os empréstimos de três anos que ofereceu aos bancos há pouco mais de um ano.

"Estamos avaliando tanto medidas padrão quanto não-padrão, e estamos pensando em 360 graus sobre as medidas não-padrão", disse ele.


O mandato do BCE é de uma inflação de pouco menos de 2 por cento. Em março, a inflação na zona do euro desacelerou para 1,7 por cento.

A pesquisa Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira mostrou que o declínio econômico da zona do euro continuou pesando em março, marcado pela forte queda na atividade empresarial da França, que superou até mesmo Espanha e Itália.

"A atividade econômica fraca se estendeu para o início deste ano e uma recuperação gradual é projetada para a segunda metade do ano, sujeita a riscos", declarou.

SUPORTE Conforme o mundo se recupera da crise financeira, o BCE tem dado menos suporte à economia do que os BCs do Japão, Estados Unidos ou Grã-Bretanha, que lançaram fortes programas de compras de ativos com novo dinheiro e cortes de juros para perto de zero.

O BC do Japão foi ainda mais longe nesta quinta-feira. Seu novo presidente, Haruhiko Kuroda, chocou os mercados com uma reforma radical de sua política monetária, adotando nova meta de portfólio e prometendo dobrar seus títulos governamentais em dois anos, uma vez que busca encerrar quase duas décadas de deflação.

Após sinais de estabilização da economia da zona do euro no início do ano, março mostrou retrocesso, uma vez que o Chipre escapou por pouco do colapso financeiro ao garantir resgate no último minuto, além de a Itália ter enfrentado impasse pós-eleição.

A confiança econômica da zona do euro caiu após quatro meses de ganhos e pesquisas mostraram que a indústria no bloco se aprofundou na recessão.

Veja também

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, abriu as portas nesta quinta-feira para um corte da taxa de juros já no próximo mês, afirmando que o BCE "está pronto" para impulsionar a economia da zona do euro .

Na entrevista à imprensa depois que o BC manteve a taxas de juros na mínima recorde de 0,75 por cento, o maior nível entre os principais bancos centrais do mundo, Draghi disse que a discussão na reunião mensal do banco foi extensiva e que o consenso foi de manter a posição.

Mas ele acrescentou que o BCE está estudando o cenário econômico de perto, pois não há certeza de que economia da zona do euro vai ganhar ímpeto.

"Nas próximas semanas, nós iremos monitorar bem de perto todas as informações sobre os desenvolvimentos econômicos e monetários, e avaliar o impacto sobre a perspectiva de estabilidade de preços", afirmou Draghi.

O predecessor de Draghi, Jean-Claude Trichet, usou uma série de frases em código para sinalizar futuras ações de política, algo que seu sucessor não adotou anteriormente. Uma dessas frases era "monitorar de perto", embora na época isso fosse mais frenquentemente um presságio de alta de juros.

Draghi também abriu caminho para que o BCE adote novas "medidas não-padrão" --medidas diferentes das clássifcas como compras de títulos do governo ou operações de financiamento como os empréstimos de três anos que ofereceu aos bancos há pouco mais de um ano.

"Estamos avaliando tanto medidas padrão quanto não-padrão, e estamos pensando em 360 graus sobre as medidas não-padrão", disse ele.


O mandato do BCE é de uma inflação de pouco menos de 2 por cento. Em março, a inflação na zona do euro desacelerou para 1,7 por cento.

A pesquisa Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira mostrou que o declínio econômico da zona do euro continuou pesando em março, marcado pela forte queda na atividade empresarial da França, que superou até mesmo Espanha e Itália.

"A atividade econômica fraca se estendeu para o início deste ano e uma recuperação gradual é projetada para a segunda metade do ano, sujeita a riscos", declarou.

SUPORTE Conforme o mundo se recupera da crise financeira, o BCE tem dado menos suporte à economia do que os BCs do Japão, Estados Unidos ou Grã-Bretanha, que lançaram fortes programas de compras de ativos com novo dinheiro e cortes de juros para perto de zero.

O BC do Japão foi ainda mais longe nesta quinta-feira. Seu novo presidente, Haruhiko Kuroda, chocou os mercados com uma reforma radical de sua política monetária, adotando nova meta de portfólio e prometendo dobrar seus títulos governamentais em dois anos, uma vez que busca encerrar quase duas décadas de deflação.

Após sinais de estabilização da economia da zona do euro no início do ano, março mostrou retrocesso, uma vez que o Chipre escapou por pouco do colapso financeiro ao garantir resgate no último minuto, além de a Itália ter enfrentado impasse pós-eleição.

A confiança econômica da zona do euro caiu após quatro meses de ganhos e pesquisas mostraram que a indústria no bloco se aprofundou na recessão.

Acompanhe tudo sobre:BCEJurosPolítica monetáriaZona do Euro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame