Economia

BC britânico aumenta programa de estímulos para 745 bilhões de libras

No entanto, o Banco Central inglês manteve sua taxa básica de juros em 0,1%

Parlamento inglês - Reino Unido - Brexit (Jack Taylor/Getty Images)

Parlamento inglês - Reino Unido - Brexit (Jack Taylor/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de junho de 2020 às 08h56.

O Banco da Inglaterra (BoE, pela sigla em inglês) decidiu ampliar seu programa de relaxamento quantitativo (QE) em 100 bilhões de libras, para 745 bilhões de libras (US$ 935,35 bilhões), como parte de sua estratégia para combater os efeitos da pandemia de coronavírus no Reino Unido, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira. O BC inglês, no entanto, manteve sua taxa básica de juros em 0,1%.

A decisão sobre o juro foi unânime entre os nove dirigentes do BoE, enquanto a ampliação do QE foi aprovada por 8 votos a 1. O dissidente foi Andy Haldane, que é também economista-chefe do BC inglês e preferiria manter o programa em 645 bilhões de libras.

Em comunicado, o BoE disse que vai continuar monitorando a situação do Reino Unido de perto e que está pronto para tomar novas ações, se necessário, para apoiar a economia e garantir o retorno sustentado da inflação para sua meta, que é de uma taxa de 2%. Atualmente, a taxa anual de inflação ao consumidor britânico está em 0,5%, segundo os dados oficiais mais recentes.

O BoE também avaliou que a economia do Reino Unido, em especial o mercado de trabalho, vai demorar "algum tempo" para se recuperar e previu que a inflação vai continuar desacelerando nos próximos trimestres, "basicamente refletindo a fraqueza da demanda". Em abril, o Produto Interno Bruto (PIB) britânico sofreu queda recorde de 20,4% ante o mês anterior.

Além disso, o BC inglês ressaltou que a perspectiva das economias britânica e global é "incomumente" incerta e dependerá da evolução da pandemia.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaJurosReino Unido

Mais de Economia

Tesouro adia para 15 de janeiro resultado das contas de novembro

Câmara apresenta justificativa sobre emendas e reitera que Câmara seguiu pareceres do governo

Análise: Inflação preocupa e mercado já espera IPCA de 5% em 2025

Salário mínimo 2025: por que o valor será menor com a mudança de regra