Economia

Banco Mundial assume ter manipulado ranking de competitividade

O economista-chefe do Banco Mundial disse que irá recalcular os rankings nacionais de competitividade nos negócios divulgados no relatório "Doing Business"

Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial: Revisões de ranking podem ser interessantes para o Chile (Stephane de Sakutin/AFP)

Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial: Revisões de ranking podem ser interessantes para o Chile (Stephane de Sakutin/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de janeiro de 2018 às 17h15.

Nova York - O Banco Mundial assumiu ter alterado intencionalmente a metodologia de um de seus relatórios econômicos mais importantes por vários anos. O economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, disse ao The Wall Street Journal na sexta-feira que irá corrigir e recalcular os rankings nacionais de competitividade nos negócios divulgados no relatório "Doing Business" de pelo menos os últimos quatro anos.

As revisões podem ser particularmente relevantes para o Chile, cuja posição no ranking tem sido especialmente volátil nos anos recentes e potencialmente foi influenciada por motivações políticas da equipe do Banco Mundial, disse Romer.

O relatório é uma das iniciativas de maior visibilidade do Banco Mundial e apresenta um ranking de países por competitividade no seu ambiente de negócios. Os países competem um contra o outro para melhorar seus padrões e seu resultado atrai uma extensa cobertura da mídia internacional.

O ex-diretor do grupo responsável pelo relatório, Augusto Lopez-Claros, não respondeu de imediato aos pedidos de entrevista enviados ao seu e-mail pessoal e do trabalho que constam em seu website. Ex-professor da Universidade de Chile, Lopez-Claros deve deixar o Banco Mundial este ano, enquanto também atua como membro sênior na Universidade de Georgetown. O Banco Mundial e a Universidade de Georgetown não forneceram de imediato outras possibilidades para entrar em contato com Lopez-Claros.

Um porta-voz do Banco Mundial declarou que a instituição não fará novos comentários além das declarações de Romer. Fonte: Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Banco MundialChileCompetitividadeRankings

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor