Economia

Banco Central libera mais recursos para estimular crédito

Banco Central irá liberar R$ 10 bilhões em recursos para estimular o crédito


	Notas de real: medidas dão continuidade à distribuição de liquidez, diz BC
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Notas de real: medidas dão continuidade à distribuição de liquidez, diz BC (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 09h09.

Brasília - O Banco Central (BC) anunciou hoje (20) mais liberação de recursos para o crédito.

Serão liberados R$ 10 bilhões em recursos para a economia, além dos valores anunciados no final do mês passado.

De acordo com o BC, as medidas de hoje dão continuidade à distribuição de liquidez na economia, com a alteração de normas de recolhimento compulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central) sobre recursos a prazo.

Uma das medidas permite que até 60% do recolhimento compulsório relativo a depósitos a prazo sejam cumpridos com operações de crédito, aumentando em 10 pontos de percentagem essa possibilidade, definida no final de julho.

Assim, 60% dos valores recolhidos poderão ser utilizados na contratação de novas operações de crédito e na compra de carteiras diversificadas (pessoas jurídicas e físicas).

O BC também aprovou alterações nos critérios relativos ao requerimento mínimo de capital para risco de crédito.

“Os ajustes consideram a fase atual do ciclo de crédito no Brasil e se inserem nos processos de revisão das medidas macroprudenciais adotadas a partir de 2010 e de continuidade da convergência da regulação brasileira aos parâmetros internacionais de Basileia”, diz o banco.

O órgão reestabeleceu o fator de ponderação de risco (FPR) em 75% para todas as operações de crédito de varejo, independentemente do prazo, em consonância com o estabelecido no Acordo de Basileia, conjunto de regras para a estrutura de capital das instituições financeiras.

“Dentro do objetivo de convergência internacional, foram adotados dois conjuntos de medidas. Primeiro, foram ampliados os critérios de exposição e receita máximas para classificação de operações como varejo e foram reduzidos os fatores de conversão em crédito de operações de comércio exterior e de garantias de performance”, diz a nota da instituição.

O segundo conjunto de medidas tem o objetivo de reduzir obstáculos à internacionalização das instituições financeiras brasileiras.

“Em linha com as exigências de Basileia, exposições a países com classificação de risco equivalente ou melhor a AA-, bem como exposições e captações de recursos em moeda local de países com classificação de risco equivalente a grau de investimento passarão a ser ponderadas com fator de ponderação de risco de 0%”, acrescenta a nota.

Na regulamentação, também passou a ser reconhecido o potencial de mitigação de risco proporcionado por operações de crédito consignado.

“Espera-se que as medidas ampliem o acesso a crédito por pequenas empresas e fortaleçam o comercio exterior. Pretende-se assim incrementar a eficiência do sistema e salvaguardar sua resiliência”, diz o BC.

Às 9h30, o Banco Central dará mais explicações sobre as medidas em coletiva à imprensa.

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