Economia

Audiência no STF discute se não recolhimento de ICMS pago é crime

A questão é debatida através de um processo que tentar reverter no STF decisão judicial que condenou duas pessoas pela prática

STF: reunião ocorre em Brasília (Adriano Machado/Reuters)

STF: reunião ocorre em Brasília (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de março de 2019 às 17h12.

Brasília - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), realiza na tarde desta segunda-feira (11) uma audiência para discutir se o não recolhimento aos cofres públicos do valor referente a ICMS pago pelo contribuinte no momento da compra pode ser enquadrado como crime tributário.

A questão é debatida na Corte através de um processo que tentar reverter no STF decisão judicial que condenou duas pessoas pela prática.

A reunião, que ocorre no prédio do STF em Brasília, reúne representantes da Procuradoria-Geral da República, Defensoria Pública, advogados das partes, secretaria de Fazenda de Estados e promotores estaduais. Relator do processo, Barroso convocou a audiência como um passo preparatório de discussão do tema, que será julgado pelo plenário do STF. Ainda não há data para o julgamento ocorrer.

Originalmente, o caso seria analisado pela Primeira Turma da Corte, mas diante da relevância do tema, o ministro enviou o processo para o colegiado composto pelos 11 ministros do STF.

Ao convocar a audiência, Barroso destacou que o tema é controverso, e foi objeto de "discussão acirrada no Superior Tribunal de Justiça". Em agosto do ano passado, a Terceira Seção do STJ discutiu a questão, e cinco ministros votaram para entender como crime o não recolhimento, contra três votos pela atipicidade. "Não houve ainda manifestação expressa sobre a controvérsia por nenhuma das Turmas do Supremo Tribunal Federal", entendeu Barroso.

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor