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As notícias de economia mais importantes da semana – 21/06

Período contou com anúncio do Fed nos Estados Unidos e câmbio no foco do Brasil

Ben Bernanke e Fed foram destaque na semana (REUTERS/Kevin Lamarque)
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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 17h22.

São Paulo – Na economia brasileira , o foco continuou na cotação do dólar, que não para de subir. Já na economia internacional, o mundo parou para prestar atenção no que o Fed tinha para dizer.

Confira a seguir algumas das principais notícias de economia da semana.

Fed deixa tudo na mesma

O mercado esperava ansioso na semana o anúncio do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre sua condução da política monetária. Mas o banco não mudou nada.

O Fed afirmou que continuará comprando 85 bilhões de dólares por mês e não deu sinais explícitos de que estaria pronto para reduzir o programa, apesar de intensa especulação nos mercados de que poderia estar se aproximando do fim.

"O Comitê vê que os riscos à perspectiva econômica e ao mercado de trabalho diminuíram desde o outono", informou o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) após sua reunião de dois dias.

Dias contados para Bernanke

Se depender do tom usado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em uma entrevista, os dias do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, estão contados.

O mandato atual de Bernanke acaba em janeiro e não deve ser estendido, segundo deu a entender Obama. Falando com Charlie Rose, apresentador de um programa de entrevistas da PBS, o presidente disse que Bernanke já ficou no cargo mais tempo do que deveria.

Assim, começam as especulações do próximo nome forte da economia americana. Até agora, o mais apontado é o de Janet Yellen, a atual vice do Fed.

Novo conselho e agência para mineração

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A presidente Dilma Rousseff e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, lançaram na terça-feira um pacote para o setor de mineração. Entre as medidas definidas, o governo informou sobre a criação de uma agência para fiscalizar o setor e um conselho para definir políticas e investimentos.

O anúncio também tratou de mudanças no recolhimento da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) e novas alíquotas para produtos minerais.

Desemprego estável em maio

A taxa de desemprego em maio foi de 5,8%, mesmo nível registrado em abril deste ano e em maio de 2012, informou na quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). No mês passado, a população desocupada foi de 1,4 milhão de pessoas e a ocupada de 23 milhões.


Em maio, o rendimento médio real habitual dos ocupados também ficou estável sobre abril, em 1.863,60 reais. Em relação a maio do ano passado, o poder de compra dos ocupados mostrou alta de 1,4%.

Agora a bronca é da Moody's

Não foi de maneira oficial como fez a Standard & Poor's, mas outra agência de classificação de riscos também deu uma bronca na economia brasileira. O vice-presidente da Moody's, Mauro Leos, admitiu que a agência está avaliando a possibilidade de mudança da perspectiva da nota de crédito do Brasil, que pode cair. A alteração analisada não é no rating, mas apenas em sua perspectiva, como disse o executivo para a Broadcast.

O vice-presidente da agência visitará o país em agosto, mas uma possível alteração na perspectiva poderia ocorrer de agora até setembro.

O céu é o limite (para o dólar)?

E o dólar não para de subir. Na quarta-feira, a moeda teve uma nova disparada, após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidir manter o ritmo de compras de ativos de seu programa. No dia, a cotação passou os 2,20 reais.

O Banco Central fez diversos leilões durante a semana para tentar segurar a moeda.

“Pibinho” x Super-ricos

E mais uma vez, os efeitos do “pibinho” aparecem no Brasil. Desta vez, a história é com bolsos maiores. Segundo uma pesquisa divulga na terça-feira, o número de super-ricos (pessoas com pelo menos um milhão de dólares para investir) ficou estável no Brasil entre 2011 e 2012, um efeito do fraco crescimento econômico e do baixo desempenho do mercado financeiro.

Essa tendência foi verificada na América Latina, contrariando o movimento mundial, mostrou o Relatório sobre a Riqueza Mundial 2013, elaborado em parceria entre a Capgemini e a RBC Wealth Management.

Na medição atual, o Brasil ficou como o 11º país com maior número de super-ricos, com uma população total crescendo 0,2% em 2012, para 165 mil pessoas com um milhão de dólares ou mais para investir. O patrimônio desse público no país somou 4 trilhões de dólares, aumento de 3,7% sobre 2011, segundo o relatório. Enquanto isso, na média global o crescimento foi de 10%, para um volume recorde de 46,2 trilhões de dólares.

Fim de festa?

Na economia sim, afirma o BNP Paribas.

Em teleconferência realizada nesta semana, Marcelo Carvalho, economista-chefe do banco para a América Latina, afirmou que as projeções indicam um cenário global com menos crescimento e inflação em 2013 (esse último, não no caso do Brasil). “No Brasil, esse quadro indica que a festa acabou”, disse.

A projeção do BNP Paribas para o crescimento da economia brasileira em 2013 foi revisada para baixo, passando de 3% para 2,3%. Para 2014, a expectativa caiu de 3,5% para 3%.

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