Economia

Arrecadação federal bate recorde e soma R$116 Bi em janeiro

Segundo a Receita Federal, o número representa alta real de 6,59 por cento sobre igual mês do ano passado


	Aumento no recolhimento de tributos veio, em maior parte, do pagamento da primeira cota ou cota única do IRPJ e da CSLL relativa ao resultado do último trimestre do ano passado.
 (Dave Dugdale/Creative Commons)

Aumento no recolhimento de tributos veio, em maior parte, do pagamento da primeira cota ou cota única do IRPJ e da CSLL relativa ao resultado do último trimestre do ano passado. (Dave Dugdale/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 12h23.

Brasília - O governo federal arrecadou 116,066 bilhões de reais em impostos e contribuições em janeiro, resultado recorde, segundo a Receita Federal informou nesta segunda-feira. O número representa alta real de 6,59 por cento sobre igual mês do ano passado.

O aumento no recolhimento de tributos veio, em maior parte, do pagamento da primeira cota ou cota única do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) relativa ao resultado do último trimestre do ano passado.

Também houve, segundo a Receita, a antecipação do ajuste anual do IRPJ e da CSLL calculado sobre lucros obtidos em 2012. Em termos gerais, o IRPJ e a CSLL registraram aumento real conjunto de 20,33 por cento no mês passado frente a janeiro de 2012.

Na comparação com dezembro, a arrecadação teve alta real de 11,46 por cento, influenciada pela maior arrecadação do Imposto de Renda total, CSLL, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Cofins.

Em 2012, a coleta de tributos totalizou 1,029 trilhão de reais, ano em que a arrecadação foi fortemente afetada pelo baixo ritmo de crescimento da economia, pela queda na lucratividade das empresas e pela renúncia tributária provocada pelas desonerações adotadas pelo governo para estimular o consumo.

Segundo a Receita, o total das desonerações com impacto em 2012 --considerando o efeito de reduções tributárias feitas em anos anteriores-- foi de 46,440 bilhões de reais. Se considerada apenas as desonerações feitas no ano passado, a renúncia foi de 14,7 bilhões de reais.

Desse total, as maiores foram na Cide-Combustível (6,837 bilhões de reais), na desoneração da folha de pagamentos (3,900 bilhões de reais) e com o IPI de carros (2,639 bilhões de reais).

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