Economia

Arrecadação de novembro foi recorde, antecipa Mantega

Segundo o ministro da Fazenda, a arrecadação do mês passado foi "superior a R$ 110 bilhões"


	Guido Mantega: "o governo continuará a fazer um fiscal forte em 2014", disse 
 (Peter Foley/Bloomberg)

Guido Mantega: "o governo continuará a fazer um fiscal forte em 2014", disse  (Peter Foley/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 12h51.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, antecipou nesta quarta-feira, 11, durante o Encontro Nacional da Indústria (Enai) de 2013, em Brasília, resultado da arrecadação de novembro, que ainda não foi divulgado pela Receita Federal.

De acordo com o ministro, a arrecadação do mês passado foi "superior a R$ 110 bilhões", recorde para este mês do ano. Em outubro, o número foi de R$ 100,9 bilhões.

"O governo continuará a fazer um fiscal forte em 2014", disse Mantega. "Com a melhoria de um ambiente de negócio, nós estaremos no limiar de um novo ciclo de novo expansão da economia", concluiu Mantega.

Já sobre as concessões, o ministro afirmou que os leilões de infraestrutura estão despertando o "espírito animal" dos empresários. "Esse conjunto de concessões é um grande programa, que vai mudar a vida dos brasileiros, aumentar a produtividade, reduzir custos, reduzir gargalos e melhorar os serviços", disse.

Segundo Mantega, os investimentos, que já vêm crescendo, serão impulsionados pelas concessões a partir de 2014. "São projetos que estão se mostrando atraentes para investidores nacionais e estrangeiros", disse.

Ele reforçou a fala da presidente Dilma Rousseff, de que o governo fez leilões importantes e continuará fazendo. Em 2014, ocorrerão principalmente concessões de ferrovias e de portos. Mantega também citou o leilão do campo de Libra. Segundo ele, cada R$ 1 milhão investido em Libra tem efeito multiplicador de R$ 3,3 milhões de produção na economia.

Além dos investimentos, que, de acordo com Mantega, estão capitaneando o crescimento da economia brasileira, haverá aumento do mercado consumidor. Ele citou que a expansão do consumo, que cresce a um ritmo de 5%, não é tão grande quanto no passado, mas é suficiente para movimentar a economia.


"Devemos terminar o trimestre com boas vendas", disse. O ministro destacou que a inadimplência do setor varejista está caindo. "É um fenômeno que já ocorre nos últimos dois anos. Vai facilitar aumento do crédito para o setor", disse.

Inflação

De acordo com o ministro, o Brasil tem hoje boa gestão da inflação. "Está sob controle. Temos resistido a choques de oferta, como seca nos Estados Unidos, que eleva preço de alimentos", disse.

O ministro acrescentou que o Brasil tem absorvido a desvalorização cambial que ocorre nos últimos dois anos. "Embora a desvalorização ajude o setor produtivo, causa pressão inflacionária. Precisamos cuidar dessa parte e não deixar que a inflação ultrapasse a meta", disse.

O ministro afirmou que em 2013 completa-se 10 anos de cumprimento da meta de inflação. Ele lembrou que o IPCA de novembro, de 0,54%, ficou abaixo das expectativas do mercado. "Poderemos ter em 2013 inflação menor que em 2012", disse.

Sobre a possibilidade de o Federal Reserve começar a retirar os estímulos da economia norte-americana ainda este ano, ele afirmou que o Brasil está preparado. Segundo ele, existe este risco, mas disse não acreditar que haja grandes turbulências no mercado financeiro. Segundo o ministro, uma parte desse movimento do Fed já foi antecipado pelo mercado. "Vamos saber disso (da retirada dos estímulos) nos dias 17 e 18, quando o Fed divulgar o relatório", disse.

Acompanhe tudo sobre:Guido MantegaImpostosLeãoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosreceita-federal

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025