Economia

ArcelorMittal vê recuperação lenta do mercado de aço

BRUXELAS (Reuters) - As ações da ArcelorMittal caíam cerca de 5 por cento nesta quarta-feira, depois da empresa afirmar que o mercado de aço melhorará de maneira lenta, registrando maior número de embarques mas com preços mais baixos no início de 2010. O anúncio, acompanhado de projeções da empresa, frustrou as previsões mais otimistas feitas […]

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2010 às 13h05.

BRUXELAS (Reuters) - As ações da ArcelorMittal caíam cerca de 5 por cento nesta quarta-feira, depois da empresa afirmar que o mercado de aço melhorará de maneira lenta, registrando maior número de embarques mas com preços mais baixos no início de 2010.

A empresa disse que a indústria, um termômetro da força da economia mundial, veria um aumento na demanda de consumidores chave, como os fabricantes de carros, e que as altas nos preços teriam impacto no segundo trimestre.

"A recuperação está em andamento, mas é lenta e progressiva", disse o diretor financeiro da Arcelor, Aditya Mittal, em teleconferência, prevendo uma alta na demanda global de 10 por cento este ano.

A ArcelorMittal, que possui em torno de 8 por cento do mercado global, com uma produção cerca de três vezes maior que a de seu concorrente mais próximo, a Nippon Steel, espera um Ebtida (lucro dantes de impostos, juros, depreciação e amortização) entre 1,8 e 2,2 bilhões de dólares no primeiro trimestre.

A previsão média de analistas consultados pela Reuters era de 2,6 bilhões de dólares para o Ebtida, contra 2,1 bilhões vistos no trimestre anterior, que também ficou aquém do esperado.

As ações da empresa caíam cerca de 4,5 por cento.

"O que decepcionou foi a previsão. Com este começo, será difícil alcançar as estimativas do mercado para o exercício. Espero uma revisão para baixo", disse Hermann Reith, analista do BHF Bank em Frankfurt.

A indústria do aço levou um grande golpe com a crise financeira global, fazendo sua demanda nas construtoras e montadoras cair bruscamente.

A empresa voltou ao azul no terceiro trimestre depois de nove meses no vermelho, sendo novamente rentável no último trimestre graças a um benefício fiscal de 1,3 bilhão de dólares, que lhe permitiu ter um lucro recorrente de 2,1 bilhões de dólares.

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