Economia

Aporte de R$ 30 bi ao BNDES será em breve e em única parcela

Governo definiu em 30 bilhões de reais o total da injeção de recursos ao BNDES neste ano


	Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
 (Victor J. Blue/Bloomberg)

Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Victor J. Blue/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 17h32.

Brasília - O repasse de 30 bilhões de reais do Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ocorrerá em breve e em única parcela, disseram duas fontes do governo à Reuters nesta sexta-feira.

"A transferência dos recursos será integral e será muito em breve", disse uma das fonte que tem conhecimento das negociações sobre a transferência dos recursos.

O governo definiu em 30 bilhões de reais o total da injeção de recursos ao BNDES neste ano, e a lei autorizando o aporte foi publicada nesta sexta no Diário Oficial da União.

Havia a possibilidade de transferência gradual, mas a maior necessidade de recursos por parte do BNDES alterou esse planejamento. "O repasse ocorrerá em única parcela porque o BNDES necessita desse volume de recursos", disse a segunda fonte do governo que acompanha os acertos entre o BNDES e o Ministério da Fazenda.

O aporte será feito por meio da emissão de títulos públicos da dívida mobiliária brasileira e o Tesouro Nacional já está preparado para fazer a emissão dos papéis, conforme informou uma das fontes consultadas.

A injeção de dinheiro no BNDES vem diminuindo ano a ano. Em 2009 foram 100 bilhões de reais e, em 2010, 80 bilhões de reais. Em 2011 e em 2012, os volume baixaram para 55 e 45 bilhões de reais, respectivamente.

Com essa nova operação de transferência de recursos ao banco de fomento, o total de créditos do governo federal junto aos bancos oficiais se aproximará de 500 bilhões de reais.

A dívida do BNDES junto ao governo federal estava em 414,689 bilhões de reais, segundo dados de abril do Banco Central. Os elevados aportes à instituição tiveram como consequência o aumento do endividamento público por meio da maior emissão de títulos federais.

Em recente apresentação no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu o BNDES dizendo que a instituição financeira responde por mais de 50 por cento do investimento em infraestrutura no país.

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