Economia

Ao lado de Lira, Lula sanciona lei que destrava R$ 5 bi para socorrer empresas aéreas

Recursos são esperados pelas empresas, que passam por uma crise desde a pandemia por conta da redução de passageiros e aumento de custos

Presidente Lula ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Presidente Lula ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 16h28.

Tudo sobreGoverno Lula
Saiba mais

O presidente Lula sancionou nesta quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei que permite a utilização do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para ampliação de crédito a companhias aéreas. O presidente da Câmara, Arthur Lira, participa do evento.

Os recursos poderão ser utilizados para empréstimos a empresas aéreas junto ao BNDES. Será possível financiar compra de aeronaves e demais investimentos.

Além disso, a proposta permite que o Ministério dos Portos e Aeroportos utilize o fundo para subsidiar a compra de querosene de avição (QAV) para rotas das companhias aéreas na Amazônia Legal. O governo pretende socorrer as empresas em cerca de R$ 5 bilhões neste ano, mas o valor pode subir.

“O financiamento das companhias aéreas é fundamental para ampliar a frota de aeronaves no país e o número de voos e passagens ofertadas. Isto faz com que o custo operacional das empresas caia e, consequentemente, caia ainda mais o valor da tarifa”, afirma o Ministério de Portos e Aeroportos.

Esses recursos são esperados pelas empresas, que passam por uma crise desde a pandemi, por conta da redução de passageiros e aumento de custos.

Na prática, o novo Fnac vai funcionar como uma fonte de crédito permanente para fomentar a aviação civil. Será um mecanismo semelhante ao da Marinha Mercante — destinado a prover recursos para o desenvolvimento da indústria de construção e reparação naval brasileira.

O Fnac é abastecido por outorgas pagas pelas concessionárias dos aeroportos. Enquanto os recursos não são aplicados, ficam depositados na Conta Única do Tesouro Nacional.

Lei Geral de Turismo

A norma inclui na Lei do Mapa do Turismo Brasileiro, norteador de ações e programas do Ministério do Turismo e que era definido, até então, por portaria. A medida consolida o instrumento, que destina recursos preferencialmente para regiões turísticas e municípios integrantes da ferramenta, potencializando o modelo de gestão regionalizado e descentralizado do MTur.

O projeto também inclui o incentivo ao turismo cívico. A alteração determina ao MTur que, em articulação com sistemas e estabelecimentos de ensino público e privado, espaços considerados atrativos turísticos culturais e naturais - especialmente os que possuem acervos artísticos, arqueológicos, ecológicos e científicos - garantam visitação pública principalmente a estudantes, a título de experiências complementares, conforme regulamento a ser editado pelo Ministério.

Segundo a proposta, Serviços Sociais Autônomos que oferecem produtos turísticos poderão se regularizar como prestadores no MTur. O ajuste vai possibilitar que entidades como o SESC mantenham estímulos ao turismo social, por meio de suas agências de turismo e meios de hospedagem. O texto permite, ainda, que guias de turismo conduzam veículos próprios no trabalho, entre outros avanços.

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaArthur LiraGoverno Lula

Mais de Economia

“Não basta pacote estar na direção certa, tem de chegar ao destino de interromper alta da dívida”

Governo anuncia nova liberação de emendas e total é de R$ 7,7 bilhões até esta sexta

Câmara deve iniciar votação da Reforma Tributária na segunda-feira

China registra crescimento de 7,7% nos empréstimos e depósitos em moeda local até novembro de 2024