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Anfavea nega negociação com o governo sobre IPI

"Não tivemos e não estamos tendo nenhuma tratativa sobre IPI com o governo", disse Luiz Moan

Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges: ele informou que o acordo automotivo entre os dois países será prorrogado provisoriamente por um ano (Marcelo Camargo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 13h40.

São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), Luiz Moan, negou que a entidade esteja negociando medidas relacionadas ao Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI ).

"Não tivemos e não estamos tendo nenhuma tratativa sobre IPI com o governo", afirmou.

A respeito da prorrogação do acordo automotivo envolvendo Brasil e Argentina, Moan destacou que o pleito da Anfavea é de que a renovação se dê por dois anos.

Nesta quinta-feira, 08, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, informou que o acordo automotivo entre os dois países será prorrogado provisoriamente por um ano. O acordo atual expira em 30 de junho.

Para os 12 meses seguintes, haverá um cronograma de trabalho para o fechamento de um acordo definitivo que leve o setor automotivo para o livre comércio.

Moan garantiu ainda que, conforme comunicado pelo ministro Borges, o setor vai apresentar formalmente suas propostas para as negociações até a próxima terça-feira, 13.

Projeções

O presidente da Anfavea afirmou ainda que a instituição não revisou as projeções do setor ainda, apesar de admitir que o viés "é de baixa". Segundo Moan, as leituras sobre a economia brasileira estão pessimistas.

"Continuo acreditando no PIB muito mais perto de 2%, um pouco superior a 2%, do que nos números do Relatório Focus e da OCDE (cujas previsões mais recentes apontam para altas de 1,63% % e 1,80% em 2014)", disse.

O executivo também citou a revisão da pesquisa de produção industrial anunciada pelo IBGE. "A pesquisa estava desatualizada. Considerava produtos que não são produzidos mais. Contabilizava produção de vídeo cassetes, mas desconsiderava smartphones", exemplificou.

Estoques

Segundo Moan, os estoques do setor automobilístico caíram de 48 dias em março para 40 dias em abril. O aumento de 10% na média diária de vendas foi o fator determinante para a redução dos estoques.

"Em termos de média diária, tivemos um crescimento significativo nas vendas em abril em relação ao mês de março, o que explica a alteração do estoque no número de dias", afirmou Moan.

Apesar da redução do número de dias do estoque, o número de veículos nos pátios avançou de 387,1 mil para 392,7 mil unidades, na passagem de março para abril.

Importados

Ainda de acordo com os dados da Anfavea, o número de veículos novos importados vendidos no País em abril avançou 24,7% na comparação com março, para 49.661 unidades.

Em relação a abril do ano passado, houve retração de 18,1%. Nos quatro primeiros meses do ano, foi registrada queda de 9% sobre o mesmo período de 2013, para 201.360 veículos, caminhões e ônibus.

A participação dos veículos importados nas vendas avançou de 16,5% para 16,9% na passagem de março para abril. Em abril de 2013, a proporção dos importados nas vendas era de 18,2% e, no mesmo mês de 2012, de 22,6%, segundo a Anfavea.

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"Não tivemos e não estamos tendo nenhuma tratativa sobre IPI com o governo", afirmou.

A respeito da prorrogação do acordo automotivo envolvendo Brasil e Argentina, Moan destacou que o pleito da Anfavea é de que a renovação se dê por dois anos.

Nesta quinta-feira, 08, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, informou que o acordo automotivo entre os dois países será prorrogado provisoriamente por um ano. O acordo atual expira em 30 de junho.

Para os 12 meses seguintes, haverá um cronograma de trabalho para o fechamento de um acordo definitivo que leve o setor automotivo para o livre comércio.

Moan garantiu ainda que, conforme comunicado pelo ministro Borges, o setor vai apresentar formalmente suas propostas para as negociações até a próxima terça-feira, 13.

Projeções

O presidente da Anfavea afirmou ainda que a instituição não revisou as projeções do setor ainda, apesar de admitir que o viés "é de baixa". Segundo Moan, as leituras sobre a economia brasileira estão pessimistas.

"Continuo acreditando no PIB muito mais perto de 2%, um pouco superior a 2%, do que nos números do Relatório Focus e da OCDE (cujas previsões mais recentes apontam para altas de 1,63% % e 1,80% em 2014)", disse.

O executivo também citou a revisão da pesquisa de produção industrial anunciada pelo IBGE. "A pesquisa estava desatualizada. Considerava produtos que não são produzidos mais. Contabilizava produção de vídeo cassetes, mas desconsiderava smartphones", exemplificou.

Estoques

Segundo Moan, os estoques do setor automobilístico caíram de 48 dias em março para 40 dias em abril. O aumento de 10% na média diária de vendas foi o fator determinante para a redução dos estoques.

"Em termos de média diária, tivemos um crescimento significativo nas vendas em abril em relação ao mês de março, o que explica a alteração do estoque no número de dias", afirmou Moan.

Apesar da redução do número de dias do estoque, o número de veículos nos pátios avançou de 387,1 mil para 392,7 mil unidades, na passagem de março para abril.

Importados

Ainda de acordo com os dados da Anfavea, o número de veículos novos importados vendidos no País em abril avançou 24,7% na comparação com março, para 49.661 unidades.

Em relação a abril do ano passado, houve retração de 18,1%. Nos quatro primeiros meses do ano, foi registrada queda de 9% sobre o mesmo período de 2013, para 201.360 veículos, caminhões e ônibus.

A participação dos veículos importados nas vendas avançou de 16,5% para 16,9% na passagem de março para abril. Em abril de 2013, a proporção dos importados nas vendas era de 18,2% e, no mesmo mês de 2012, de 22,6%, segundo a Anfavea.

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