Economia

Anfavea: Montadoras vão retomar produção de veículos na segunda-feira

Entidade estimou redução de exportações de veículos em até 20 mil unidades em maio e comprometimento da meta de exportação de 800 mil produtos este ano

Indústria automobilística: de janeiro a abril, a produção de veículos tinha subido 21% sobre um ano antes (Germano Lüders/Site Exame)

Indústria automobilística: de janeiro a abril, a produção de veículos tinha subido 21% sobre um ano antes (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2018 às 20h19.

São Paulo - As montadoras de veículos do Brasil vão começar a retomar a produção de veículos a partir da próxima segunda-feira, após ficarem paradas pela greve dos caminhoneiros desde o dia 25 deste mês, informou nesta quarta-feira a Anfavea, associação que representa o setor.

"A maioria das empresas retoma a produção de veículos, de maneira gradual, a partir de segunda-feira", afirmou a entidade em comunicado, sem dar detalhes sobre produção perdida nos dias de paralisação.

A Anfavea representa 27 montadoras de veículos e máquinas agrícolas no país. De janeiro a abril, a produção de veículos tinha subido 21 por cento sobre um ano antes.

Na terça-feira, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, estimou que a paralisação deverá reduzir as exportações de veículos do país em 10 mil a 20 mil unidades em maio e comprometer a meta de exportação de 800 mil veículos este ano. O executivo comentou ainda que os números de produção e vendas de modelos novos em maio serão "inevitavelmente impactados pela greve dos caminhoneiros".

Enquanto isso, os cegonheiros, responsáveis pelo transporte dos veículos prontos a concessionárias ou portos de embarque para exportação, iniciaram nesta quarta-feira a retomada de suas atividades.

O sindicato que representa grande parte da categoria, Sinaceg, informou que os caminhões com veículos "estão rodando nas estradas, especialmente em locais de curta distância e onde há postos de combustível com diesel". A estimativa da entidade é que as operações voltem ao normal em até 48 horas.

Na véspera, o presidente da entidade, Elias Fazan, afirmou que apenas na região do ABC paulista, grande polo produtor de veículos do Brasil, 1.400 caminhões cegonha carregados com uma média de 11 carros novos cada estavam esperando a normalização das estradas e do abastecimento de combustível para seguirem viagem.

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