Economia

Aneel inicia leilão de transmissão de energia

Se todos os lotes forem arrematados, a agência espera investimentos de quase 9 bilhões de reais

Técnicos do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) disseram que todos os lotes do leilão, realizado na B3, em São Paulo, deverão receber alguma oferta (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Técnicos do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) disseram que todos os lotes do leilão, realizado na B3, em São Paulo, deverão receber alguma oferta (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 12h43.

São Paulo - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu início nesta sexta-feira ao segundo leilão de transmissão de energia de 2017, com expectativa de investimentos de quase 9 bilhões de reais, se todos os lotes forem arrematados.

No total, serão oferecidos 4,9 mil quilômetros de novas linhas a serem construídas e operadas nos Estados de Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Tocantins, segundo a Aneel.

Na quinta-feira, técnicos do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) disseram que todos os lotes do leilão, realizado na B3, em São Paulo, deverão receber alguma oferta, em meio a um marco regulatório considerado como "muito seguro".

Além de investidores nacionais, são esperados grupos participantes internacionais, incluindo empresas chinesas e indianas, que têm demonstrado forte apetite pelos ativos não apenas pelo retorno oferecido, mas também pela possibilidade de venderem seus equipamentos ao setor, conforme especialistas ouvidos pela Reuters.

Indianos estrearam no país em abril, no primeiro leilão do ano, quando a Sterlite Power Grid arrematou dois projetos e ainda ofereceu o maior deságio da concorrência, com desconto de quase 60 por cento em relação à receita máxima oferecida para os empreendimentos.

Isso atraiu interesse de outras empresas da Índia, que também se preparam para a licitação, como a Adani Transmission e a Power Grid Corporation of India Limited, afirmaram fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

Paralelamente, chineses da State Grid, que chegaram Brasil em 2010 mas que reduziram o apetite nas últimas disputas, poderão voltar a realizar propostas nesta sexta-feira.

Entre os grupos nacionais, podem participar empresas como a Copel e a Eletronorte, da Eletrobras, que obtiveram autorização da Aneel para participar da disputa --ambas estavam vetadas por atrasos na implementação de projetos.

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