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Aneel adia data de pagamento de energia por distribuidoras

Com adiamento, o governo ganha tempo para encontrar uma forma de solucionar o problema das empresas, que não possuem recursos para fazer frente à despesa

Energia: prazo original previa o pagamento nesta terça-feira, 13 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 15h23.

Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) postergou a data de pagamento da energia no mercado de curto prazo pelas distribuidoras para o dia 30 de janeiro.

O prazo original previa o pagamento nesta terça-feira, 13, referente à energia consumida em novembro.

Com o adiamento, o governo ganha tempo para encontrar uma forma de solucionar o problema das empresas, que não possuem recursos para fazer frente à despesa.

O valor que poderá ser pago com atraso soma R$ 1,054 bilhão, que é a parte da dívida sem cobertura tarifária e que deve ser paga na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O total da despesa devida pelas empresas soma R$ 1,6 bilhão em janeiro, que contabiliza também gastos com energia gerada por usinas térmicas, energia de reserva e risco hidrológico, entre outros.

Essa parcela de R$ 546 milhões diz respeito a contratos bilaterais. Por isso, devem ser negociados por cada empresa individualmente com seus credores.

Mesmo que sejam pagos com recursos próprios das empresas, esses valores têm direito à cobertura de um eventual novo empréstimo.

O Ministério de Minas e Energia defende um novo empréstimo com os bancos públicos, no valor de R$ 2,5 bilhões, suficiente também para o pagamento do gasto com energia de dezembro, que vence em fevereiro.

O Ministério da Fazenda é contra a medida e avalia que a melhor solução é repassar os custos da energia para a tarifa.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que a decisão sobre o novo empréstimo será tomada pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Ministério da Fazenda.

"Isso está sendo analisado, se tem espaço para ampliar a captação ou não tem", afirmou.

"Adiamos para o dia 30 na expectativa de que se encontre uma solução para o valor que não tem hoje cobertura tarifária."

Em janeiro de 2014, pelas mesmas razões, a Aneel adiou a data de pagamento da energia por parte das distribuidoras no mercado de curto prazo.

Em seguida, o Tesouro autorizou um aporte de R$ 1,2 bilhão para as empresas.

Ao longo do ano, dois empréstimos bancários foram firmados, no total de R$ 17,8 bilhões. Agora, a maior possibilidade é de que um terceiro empréstimo seja feito, de R$ 2,5 bilhões, com recursos do Banco do Brasil, Caixa e BNDES.

Presente à reunião, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), uma das credoras da dívida das distribuidoras, pediu que os valores que serão pagos em atraso sejam atualizados pela Selic, e não pelo IGP-M.

O diretor-geral da Aneel disse que a solicitação é válida e poderá ser atendida. A análise do pedido, porém, será feita pelo órgão regulador até o fim deste mês.

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Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) postergou a data de pagamento da energia no mercado de curto prazo pelas distribuidoras para o dia 30 de janeiro.

O prazo original previa o pagamento nesta terça-feira, 13, referente à energia consumida em novembro.

Com o adiamento, o governo ganha tempo para encontrar uma forma de solucionar o problema das empresas, que não possuem recursos para fazer frente à despesa.

O valor que poderá ser pago com atraso soma R$ 1,054 bilhão, que é a parte da dívida sem cobertura tarifária e que deve ser paga na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O total da despesa devida pelas empresas soma R$ 1,6 bilhão em janeiro, que contabiliza também gastos com energia gerada por usinas térmicas, energia de reserva e risco hidrológico, entre outros.

Essa parcela de R$ 546 milhões diz respeito a contratos bilaterais. Por isso, devem ser negociados por cada empresa individualmente com seus credores.

Mesmo que sejam pagos com recursos próprios das empresas, esses valores têm direito à cobertura de um eventual novo empréstimo.

O Ministério de Minas e Energia defende um novo empréstimo com os bancos públicos, no valor de R$ 2,5 bilhões, suficiente também para o pagamento do gasto com energia de dezembro, que vence em fevereiro.

O Ministério da Fazenda é contra a medida e avalia que a melhor solução é repassar os custos da energia para a tarifa.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que a decisão sobre o novo empréstimo será tomada pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Ministério da Fazenda.

"Isso está sendo analisado, se tem espaço para ampliar a captação ou não tem", afirmou.

"Adiamos para o dia 30 na expectativa de que se encontre uma solução para o valor que não tem hoje cobertura tarifária."

Em janeiro de 2014, pelas mesmas razões, a Aneel adiou a data de pagamento da energia por parte das distribuidoras no mercado de curto prazo.

Em seguida, o Tesouro autorizou um aporte de R$ 1,2 bilhão para as empresas.

Ao longo do ano, dois empréstimos bancários foram firmados, no total de R$ 17,8 bilhões. Agora, a maior possibilidade é de que um terceiro empréstimo seja feito, de R$ 2,5 bilhões, com recursos do Banco do Brasil, Caixa e BNDES.

Presente à reunião, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), uma das credoras da dívida das distribuidoras, pediu que os valores que serão pagos em atraso sejam atualizados pela Selic, e não pelo IGP-M.

O diretor-geral da Aneel disse que a solicitação é válida e poderá ser atendida. A análise do pedido, porém, será feita pelo órgão regulador até o fim deste mês.

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