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Alta no preço do etanol é pontual, diz diretor da Unica

Rio de Janeiro - Após a queda de preço observada por várias semanas, o mercado de etanol atravessa um período de "soluço de alta" por conta das chuvas que atrapalharam o processamento de cana-de-açúcar em algumas regiões do país, segundo o diretor-executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo Leão. De acordo com ele, […]

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2010 às 15h12.

Rio de Janeiro - Após a queda de preço observada por várias semanas, o mercado de etanol atravessa um período de "soluço de alta" por conta das chuvas que atrapalharam o processamento de cana-de-açúcar em algumas regiões do país, segundo o diretor-executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo Leão.

De acordo com ele, a chuva intensa atrapalhou o início da colheita de cana em 2010/11 em São Paulo, Estado que representa mais de 50 por cento da produção nacional.

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Na semana passada, o etanol hidratado subiu 18,7 por cento na usina em São Paulo, para uma média de 0,9139 real por litro, segundo pesquisa do Cepea/Esalq, a maior alta semanal já registrada pelo centro de pesquisa da USP.

Leão avaliou que essa alta no preço está sendo repassada para as distribuidoras e vai se refletir nas bombas nos postos durante este mês.

A previsão do executivo, entretanto, é que o "soluço de preços" dure pouco tempo.

"O intervalo até chegar nos postos leva um tempo... nós tivemos um início com chuvas um pouco atípicas", declarou Leão, em um encontro empresarial dos BRICs.

Os preços do etanol no mercado paulista voltaram a subir neste mês depois de registrarem quedas semanais ao longo de dois meses, também em função da recuperação da vantagem econômica do biocombustível em relação à gasolina, segundo o Cepea.

"É uma situação bastante temporária e deve se normalizar nos próximos dias porque o tempo melhorou. Diria que foi um soluço no mercado com uma chuva um pouco maior no começo da safra. O tempo em São Paulo já está mais propício", acrescentou o diretor da Unica.

De acordo com Leão, a Unica espera um ano sem grande pressão altista decorrente de uma demanda externa adicional por açúcar, uma vez que a Índia, maior consumidor mundial, vai recuperar boa parte de sua produção.

"Será um mercado mais comportado também porque não esperamos tanta chuva este ano como no ano passado", afirmou.

"No início da safra em 2009, estávamos no meio da crise e os produtores desovaram estoques a qualquer preço. Este ano deve haver mais estabilidade de preços", completou

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