Economia

Alimentos pesam para desaceleração do IPC em agosto, diz FGV

Entre julho e agosto, alimentação saiu de 0,99% para 0,01%, puxado pelo comportamento do item hortaliças e legumes (de 0,31% para -7,44%)


	IPC: entre julho e agosto, alimentação saiu de 0,99% para 0,01%, puxado pelo comportamento do item hortaliças e legumes (de 0,31% para -7,44%)
 (Marcos Santos/USP Imagens)

IPC: entre julho e agosto, alimentação saiu de 0,99% para 0,01%, puxado pelo comportamento do item hortaliças e legumes (de 0,31% para -7,44%) (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 09h21.

São Paulo - A principal contribuição para a desaceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Alimentação.

De julho para agosto, o IPC desacelerou de 0,60% para 0,24%. No mesmo período, Alimentação saiu de 0,99% para 0,01%, puxado pelo comportamento do item hortaliças e legumes (de 0,31% para -7,44%).

Segundo a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras quatro classes de despesas.

O grupo Habitação passou de 0,94% para 0,47%, influenciado por tarifa de eletricidade residencial (de 2,25% para 0,89%); Vestuário desacelerou de 0,29% para -0,38%, puxado por roupas (de 0,34% para -0,52%); em Despesas Diversas, que passou de 0,52% para 0,08%, a principal contribuição foi de jogo lotérico (de 1,58% para 0,00%); no grupo Comunicação, cuja taxa passou de 0,37% para 0,17%, a maior contribuição veio de tarifa de telefone móvel (de 0,67% para 0,06%).

Por outro lado, três classes de despesas apresentaram acréscimo nas taxas de variação. O grupo Educação, Leitura e Recreação passou de -0,07%, em julho, para 0,33%, em agosto, puxado por passagem aérea (de -13,42% para 5,35%); em Transportes, que acelerou de 0,04% para 0,18%, a maior influência foi tarifa de ônibus urbano (de -0,35% para 0,65%); e Saúde e Cuidados Pessoais que acelerou de 0,56% para 0,65% no período, a principal contribuição de alta veio do item artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,47% para 0,99%).

As maiores influências de alta para o IPC na passagem de julho para agosto foram refeições em bares e restaurantes (de 0,50% para 0,62%), plano e seguro de saúde (de 0,89% para 0,98%), tarifa de eletricidade residencial (de 2,25% para 0,89%), tarifa de ônibus urbano (de -0,35% para 0,65%) e aluguel residencial (mesmo com a leve desaceleração de 0,49% para 0,46%).

A lista de principais pressões de baixa, por sua vez, é composta por batata-inglesa (de 10,71% para -18,22%), tomate (de -12,50% para -13,82%), móveis para residência (de 0,35% para -1,26%), banana-prata (de 0,13% para -7,53%) e cebola (De 10,62% para -3,86%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou de 0,66% em julho para 0,80% em agosto. O grupo relativo a Mão de Obra teve variação de 1,27%, contra 0,17% em julho. Já Materiais, Equipamentos e Serviços foi para 0,27% ante 0,17% no mês anterior.

Entre as maiores influências de alta do INCC-M de agosto estão ajudante especializado (de 1,06% para 1,43%), servente (de 1,14% para 1,34%), pedreiro (de 1,17% para 1,28%), carpinteiro (mesmo desacelerando de 1,18% para 1,12%) e projetos (de 0,36% para 1,31%).

Já entre as maiores influências de baixa estão cimento portland comum (de -0,42% para -0,99%), massa de concreto (de -0,11% para -0,69%), argamassa (de 0,83% para -0,77%), aluguel de máquinas e equipamentos (de 0,05% para -0,24%) e pias, cubas e louças sanitárias (de 0,37% para -0,54%).

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