Alckmin prepara venda de ações da Sabesp em 2018
A ideia, segundo o governador, é pulverizar 49% do capital da Sabesp e deixar 51% sob a tutela do governo paulista
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de novembro de 2017 às 15h42.
Última atualização em 21 de novembro de 2017 às 18h05.
O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que aguarda apenas a definição do governo federal sobre o prazo de concessão para privatizar a Companhia Energética de São Paulo (Cesp).
Já a reorganização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) depende somente do governo estadual e irá ocorrer no início de 2018.
A ideia, segundo o governador, é que o governo fique com 51% da holding que controlará a Sabesp. Já a Cesp será totalmente privatizada, também em leilão, e o novo dono poderá ganhar prazo de mais 20 anos para exploração do ativo.
"São modelos distintos. A Sabesp estamos estudando criar uma holding e colocar as ações no mercado, e ter subsidiárias integrais, com governo mantendo o controle. A Cesp vamos fazer privatização", explicou a jornalistas, após participar de evento promovido pelo jornal O Globo. "É tudo para o começo do ano que vem", completou.
No debate, Alckmin afirmou que tem intenção de reduzir o tamanho do Estado na economia e ressaltou a péssima situação fiscal que o Brasil vive hoje.
"O Brasil é um dos países mais injustos do mundo, da maneira como arrecada e da maneira como devolve os recursos", afirmou Alckmin, lembrando que quando o PSDB foi governo "privatizamos tudo, só não privatizamos o que não tinha comprador".