"Abismo fiscal": reunião de último minuto na Casa Branca
Caso não haja acordo até segunda-feira, na terça-feira as isenções fiscais para a maioria dos contribuintes, adotadas durante a presidência de George W. Bush expirarão
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2012 às 17h35.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , e os líderes do Congresso estão reunidos nesta sexta-feira para tentar evitar uma crise fiscal que atingiria o país desde primeiro de janeiro, caso não seja possível chegar a um acordo sobre um mecanismo para reduzir o déficit das finanças públicas.
Obama está reunido com o presidente republicano da Câmara dos Deputados, John Boehner, o chefe da minoria republicana do Senado, Mitch McConnell, assim como seus aliados democratas: o chefe da maioria no Senado, Harry Reid, e a líder da minoria na Câmara, Nancy Pelosi.
Nesta reunião privada no Salão Oval os dirigentes discutem o temido "abismo fiscal".
Caso não haja acordo até segunda-feira, na terça-feira as isenções fiscais para a maioria dos contribuintes, adotadas durante a presidência de George W. Bush expirarão e, além disso, entrarão em vigor drásticos cortes no gasto público.
Os impostos de quase todos os contribuintes norte-americanos aumentarão 2.200 dólares, segundo a Casa Branca. Os cortes, consequência de um pacto entre democratas e republicanos em 2011, seriam sentidos, sobretudo, no orçamento de Defesa e poderiam derivar em numerosas demissões.
Segundo os economistas, um problema desta natureza poderia arrastar a economia norte-americana novamente à recessão.
O executivo democrata e o Congresso, cuja câmara baixa, chave em questões de orçamento e fiscais, é dominada pelos republicanos, não conseguem se entender sobre os mecanismos para reduzir o déficit público.
Ao ser reeleito em novembro, Obama prometeu aumentar os impostos a quem ganha mais de 250.000 dólares (2% dos núcleos fiscais).
Boehner, principal interlocutor do presidente nesta crise, se disse aberto a aumentar as receitas fiscais, mas não a uma alta de impostos aos mais ricos.
A Câmara já votou um plano, rejeitado pelo Executivo porque estabelecia cortes de gastos muito baixos.
Em um gesto que transparece o bloqueio nas discussões, antes da reunião desta sexta-feira, o escritório de Boehner afirmou que "continuará insistindo sobre o fato de que a Câmara já votou um plano para evitar o abismo fiscal e que é agora o Senado que tem que agir".
Reid, o chefe dos democratas no Senado, acusou Boehner na quinta-feira pelo impasse e se disse pessimista sobre a perspectiva de um acordo antes do dia primeiro de janeiro.
Para o editorialista do jornal especializado Politico, Jonathan Allen, as duas partes têm interesse em não alcançar um acordo: no dia primeiro de janeiro, Obama terá conseguido um aumento de impostos aos mais ricos.
"Para muitos republicanos, o abismo (fiscal) quer dizer fazer a responsabilidade de uma forte alta de impostos pesar sobre o presidente (...) e logo votar a reduzir os impostos da maioria dos norte-americanos no próximo mês", explicou.
"No momento, o jogo político é o das aparências", acrescentou Allen.
Enquanto isso, os mercados foram afetados pelo pessimismo e o Dow Jones caía 0,60% no meio do dia.
Soma-se a esta situação problemas sobre o teto da dívida. Os Estados Unidos já estiveram muito próximos do default em 2011 pela insistência dos republicanos em compensar o aumento do limite de endividamento autorizado com cortes de gastos.
O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, alertou que o teto legal da dívida seria alcançado na segunda-feira e que "medidas excepcionais" serão adotadas em breve para evitar uma moratória.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , e os líderes do Congresso estão reunidos nesta sexta-feira para tentar evitar uma crise fiscal que atingiria o país desde primeiro de janeiro, caso não seja possível chegar a um acordo sobre um mecanismo para reduzir o déficit das finanças públicas.
Obama está reunido com o presidente republicano da Câmara dos Deputados, John Boehner, o chefe da minoria republicana do Senado, Mitch McConnell, assim como seus aliados democratas: o chefe da maioria no Senado, Harry Reid, e a líder da minoria na Câmara, Nancy Pelosi.
Nesta reunião privada no Salão Oval os dirigentes discutem o temido "abismo fiscal".
Caso não haja acordo até segunda-feira, na terça-feira as isenções fiscais para a maioria dos contribuintes, adotadas durante a presidência de George W. Bush expirarão e, além disso, entrarão em vigor drásticos cortes no gasto público.
Os impostos de quase todos os contribuintes norte-americanos aumentarão 2.200 dólares, segundo a Casa Branca. Os cortes, consequência de um pacto entre democratas e republicanos em 2011, seriam sentidos, sobretudo, no orçamento de Defesa e poderiam derivar em numerosas demissões.
Segundo os economistas, um problema desta natureza poderia arrastar a economia norte-americana novamente à recessão.
O executivo democrata e o Congresso, cuja câmara baixa, chave em questões de orçamento e fiscais, é dominada pelos republicanos, não conseguem se entender sobre os mecanismos para reduzir o déficit público.
Ao ser reeleito em novembro, Obama prometeu aumentar os impostos a quem ganha mais de 250.000 dólares (2% dos núcleos fiscais).
Boehner, principal interlocutor do presidente nesta crise, se disse aberto a aumentar as receitas fiscais, mas não a uma alta de impostos aos mais ricos.
A Câmara já votou um plano, rejeitado pelo Executivo porque estabelecia cortes de gastos muito baixos.
Em um gesto que transparece o bloqueio nas discussões, antes da reunião desta sexta-feira, o escritório de Boehner afirmou que "continuará insistindo sobre o fato de que a Câmara já votou um plano para evitar o abismo fiscal e que é agora o Senado que tem que agir".
Reid, o chefe dos democratas no Senado, acusou Boehner na quinta-feira pelo impasse e se disse pessimista sobre a perspectiva de um acordo antes do dia primeiro de janeiro.
Para o editorialista do jornal especializado Politico, Jonathan Allen, as duas partes têm interesse em não alcançar um acordo: no dia primeiro de janeiro, Obama terá conseguido um aumento de impostos aos mais ricos.
"Para muitos republicanos, o abismo (fiscal) quer dizer fazer a responsabilidade de uma forte alta de impostos pesar sobre o presidente (...) e logo votar a reduzir os impostos da maioria dos norte-americanos no próximo mês", explicou.
"No momento, o jogo político é o das aparências", acrescentou Allen.
Enquanto isso, os mercados foram afetados pelo pessimismo e o Dow Jones caía 0,60% no meio do dia.
Soma-se a esta situação problemas sobre o teto da dívida. Os Estados Unidos já estiveram muito próximos do default em 2011 pela insistência dos republicanos em compensar o aumento do limite de endividamento autorizado com cortes de gastos.
O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, alertou que o teto legal da dívida seria alcançado na segunda-feira e que "medidas excepcionais" serão adotadas em breve para evitar uma moratória.