5 indicadores inusitados para medir a economia
Até o preço de comida japonesa pode dar dicas sobre a saúde econômica de um país
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2012 às 06h24.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h18.
São Paulo – O Produto Interno Bruto ( PIB ) é o principal indicador para medir o tamanho das economias mundiais, mas não é o único dado que tem muito a dizer sobre a saúde econômica de um país. Já existe uma série de indicadores alternativos que servem para identificar outros aspectos e tendências macroeconômicas (e até comida japonesa entrou na lista ). Clique nas fotos e confira cinco indicadores nada óbvios que dizem muito sobre a economia.
Copilado pela revista The Economist, o indicador pesquisa o preço do lanche do McDonald's em diferentes países. Além de um termômetro dos preços ao consumidor, a pesquisa serve também para mostrar efeitos cambiais em um único produto. A última divulgação, realizada em julho, apontou que o Brasil tem o quarto Big Mac mais caro do mundo, avaliado em 4,94 dólares. O mais caro do mundo está na Venezuela, onde o lanche custa 7,92 dólares.
A Bloomberg inventou uma maneira bem exótica de medir o custo de vida nos Estados Unidos. A agência de notícias desenvolveu um índice que busca o preço médio do sushi em 25 cidades do país. Funciona mais ou menos como o Índice Big Mac, porém sem a questão cambial, já que não ultrapassa as fronteiras americanas. A medição mais recente apontou que o custo de vida nas cidades pesquisadas cresceu 5,5% em um ano. Mostrou também que Nova York tem o sushi mais caro dos Estados Unidos.
O indicador copilado pelo site Hotels.com mede o preço das diárias de hotéis em diferentes países. Além do valor absoluto, a pesquisa traz algumas informações importantes sobre o momento econômico. Na divulgação mais recente, o indicador identificou, por exemplo, que na Grécia, país que está no centro da crise, as diárias caíram 8% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. A pesquisa mostrou também que os preços no Brasil estão em alta e que o país atrai cada vez mais visitantes, seja pelo passeio, seja para fechar bons negócios.
O “lipstick index”, que traduzido virou “efeito batom”, é um termo inventado em 2001 por Leonard Lauder, executivo da empresa de cosméticos Estée Lauder. Pela teoria, as vendas de batom aumentam mais que de outros itens em tempos de crise. Isso porque esse é um dos produtos de maquiagem mais baratos e continua acessível quando a ordem é economizar.
Mais do que medir o desempenho desse mercado em si, o indicador sinaliza o ritmo da atividade econômica em vários outros segmentos, já que o papelão ondulado é utilizado como embalagem em diversas indústrias. No Brasil, o índice é divulgado pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). Os dados mais recentes apontaram que as vendas de papelão ondulado somaram 300.506 toneladas no mês de agosto, aumento de 6,48% em relação a igual mês de 2011. No acumulado do ano, o indicador teve alta de 2,18%.
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