Vacinas existentes contra covid parecem proteger contra variantes, diz OMS
"Todas as variantes do vírus da covid-19 que emergiram até agora de fato reagem às vacinas disponíveis aprovadas", disse diretor regional da OMS em uma entrevista coletiva
Reuters
Publicado em 20 de maio de 2021 às 11h05.
Última atualização em 20 de maio de 2021 às 11h50.
As vacinas contra covid-19 sendo usadas atualmente na luta contra a pandemia na Europa parecem capazes de proteger contra todas as variantes que estão circulando e causando preocupação, disse o diretor regional para Europa da Organização Mundial da Saúde ( OMS ), Hans Kluge, nesta quinta-feira.
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Kluge disse que as autoridades de saúde devem continuar atentas ao número crescente de casos de covid-19 na região causados por uma variante que surgiu na Índia, mas enfatizou que a vacinação e medidas de controle de infecções ajudarão a impedir sua disseminação.
"Todas as variantes do vírus da covid-19 que emergiram até agora de fato reagem às vacinas disponíveis aprovadas", disse Kluge em uma entrevista coletiva.
Países de toda a Europa estão distribuindo vacinas de vários laboratórios, como Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson.
Desde que foi identificada inicialmente na Índia, a mais nova variante de preocupação, batizada de B.1.617, já se espalhou para ao menos 26 dos 53 países da Região Europeia da OMS, disse Kluge -- "da Áustria à Grécia, Israel e o Quirguistão".
"Ainda estamos aprendendo sobre a nova variante, mas ela consegue se disseminar rapidamente", explicou ele, acrescentando que ela pode, em tese, se propagar rápido o suficiente para substituir outra variante conhecida como B.1.1.7, que surgiu primeiramente no Reino Unido no final do ano passado e desde então se tornou a versão dominante do vírus na Europa.
Kluge disse que o escritório regional da OMS está cautelosamente esperançoso de ver um declínio da epidemia de Covid-19 na região.
"Estamos rumando na direção certa, mas precisamos ficar de olho", disse. "Em vários países, há bolsões de transmissão crescente que poderiam se transformar rapidamente em ressurgimentos perigosos... a pandemia ainda não acabou".
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