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Pesquisadores criam exame de sangue para medir risco de Alzheimer

Estudo conjunto publicado na revista científica Nature, na quarta-feira, indicou que o exame tem uma precisão de mais de 90 por cento

Exame de sangue abre caminho para testes possivelmente muito mais baratos e menos invasivos para detectar o Alzheimer (AFP/AFP)
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Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 11h08.

Tóquio / Melbourne - Pesquisadores do Japão e da Austrália desenvolveram um exame de sangue que detecta a proteína tóxica beta-amiloide, que foi ligada à doença mental conhecida como mal de Alzheimer .

O estudo conjunto publicado na revista científica Nature, na quarta-feira, indicou que o exame tem uma precisão de mais de 90 por cento.

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A pesquisa se baseou em 252 pacientes australianos e 121 japoneses com idades entre 60 e 90 anos, alguns classificados como cognitivamente normais, outros com limitações cognitivas e alguns com Alzheimer.

O exame de sangue abre caminho para testes possivelmente muito mais baratos e menos invasivos para detectar a beta-amiloide, que se acumula no cérebro à medida que o Alzheimer se desenvolve, segundo os pesquisadores.

Atualmente as tomografias cerebrais e os exames invasivos de fluido cefalorraquidiano, conhecidos como punções lombares, são usados para verificar o acúmulo da proteína anormal no cérebro. Alguns exames de imagens cerebrais podem custar mais de 915 dólares.

Um exame de sangue simples e de baixo custo também poderia tornar mais fácil para as empresas farmacêuticas recrutar pessoas suficientes sob risco de Alzheimer para testar novas drogas contra a doença, disseram os pesquisadores.

"Nosso exame de sangue pode... ter um potencial transformador para facilitar o desenvolvimento de drogas eficazes para o mal de Alzheimer", disse Katsuhiko Yanagisawa, diretor-geral do instituto de pesquisa do Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia, em um comunicado.

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